Resumo de Camisinha, Condom, Parte III - ODEMIR DE ARRUDA BARBOSA

O ciclo da borracha e o desenvolvimento da camisinha - Parte I
Foi o alemão Friedrich Adolph Wilde, que sugeriu, em 1833, fazer um molde de cera do colo do útero, e a parir deste molde seria confeccionada a barreira anticoncepcional de borracha. Anos mais tarde, d e acordo com alguns registros a "camisinha-tripa" seguiu sendo usada, até 1839 ou 1840, quando o americano Charles Goodyear descobriu acidentalmente o processo de vulcanização da borracha, e em outros registros 1843, submetida ao aquecimento fazia-a flexível, resistente e moldável, nesse processo era adicionado enxofre, o que permitiu a elasticidade das camisinhas e seu baixo custo. Mas não se anime que a higiene absoluta ainda não nasceu. Nesta época, os preservativos de borracha eram grossos e caros e por isto lavados e reutilizados diversas vezes.
Em 1860 nos EUA , se produziu um dispositivo chamado capuz cervical, seu idealizador foi o Dr. Foote, e viu nele um eficaz contraceptivo, no entanto a idéia e o invento foram esquecidos e só seriam retomados pelo austríaco Dr. Kafca, quem o pôs em moda na Europa Central. Era uma espécie de dedal, fabricado por diversos materiais, dentre eles: celulóide, ouro, prata, platina. Se utilizou até que a borracha se impôs no mercado. Porém, foi somente em 1870 que outro alemão, o Dr. Mesinga, inventou o diafragma de borracha, uma lâmina elástica fina que, ao cobrir a maior parte da parede vaginal, não precisava de ajuste prévio individual, o que contribuiu para sua rápida popularização.

As camisinhas de látex só surgiram em 1880 e daí evoluíram à medida que novos materiais foram desenvolvidos, adicionando novas formas, melhorando a confiabilidade e durabilidade do produto. O preservativo de borracha só apareceu na Europa em 1870. Nesse ano, o escocês Mac Intosh passou a fazer o produto em série. No verão, sua fábrica fazia balões para crianças. No inverno, ela se encarregava de tornar mais seguras as brincadeiras dos adultos que se escondiam do frio. As camisinhas de borracha logo se espalharam pela Grã-Bretanha. Em 1883, a criatividade já tinha chegado às embalagens: alguns pacotes vinham com o rosto do primeiro-ministro inglês William Gladstone e da rainha Vitória. No fim do século 19, os preservativos ainda não eram descartáveis – nas farmácias francesas, por exemplo, eram vendidos com garantia de cinco anos. E, apesar da concorrência das versões de borracha, as camisinhas feitas com tecidos animais só desapareceriam no começo do século 20.

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