Nossos Filhos
(Espírito Emmanuel)
Quando conflitos inquietantes nos envenenarem a alma, dificultando-nos a harmonia conjugal, as leis da vida não nos impedem a separação do companheiro ou da companheira, com quem a convivência se tornou impraticável; embora, com isso, estejamos relegando ao futuro a solução de graves compromissos assumidos na Espiritualidade. Entretanto, pensemos nos filhos. Almas queridas que viajaram das vivências do passado, pelas vias da reencarnação, desembarcaram no presente, em nossos braços, suplicando-nos auxílio e renovação.
Habitualmente, nossos filhos,são aqueles mesmos companheiros de alegria e sofrimento, culpa e resgate, nas existências passadas, onde emaranhamos em problemas difíceis de serem resolvidos. Ontem, associados de trabalho e ideal, são hoje os continuadores de nossas ações ou intérpretes de nossas obras. Quase sempre, renascemos na Terra à maneira de plantas de uma raiz, e, em nosso caso, a raiz é o conjunto de débitos e aspirações em que se nos compõe os dias no planeta Terra, com o objetivo de nossa ascensão espiritual.
Os nossos filhos não necessitam apenas dinheiro ou reconforto no plano físico, Esperam de nós igualmente assistência e rumo, apoio e orientação. Se estamos unidos a alguém no ninho doméstico, semelhante comunhão encerra também os deveres para com todos os nossos filhos, que nos rogam proteção e entendimento, a fim de que reforcemos neles o dom de servir e a alegria de viver.
É verdade que as leis da vida não nos impedem o divórcio, porque situações calamitosas existem no mundo nas quais a alma encarnada se vê sob a ameaça de se tornar um suicída ou despencar para a criminalidade e o Senhor não faz a apologia da violência. Apesar disso, consideremos a extensão dos nossos compromissos, porquanto não nos ligaríamos a alguém no recinto doméstico para a criação da família ou para a sustentação de tarefas específicas, não fossem as razões justas nos princípios de causa e efeito, evolução e aperfeiçoamento.
Dessa maneira, sejam, pois, quais forem as circunstâncias constrangedoras que nos afligem o lar, possamos refletir, acima de tudo, em nossos filhos, que precisam de nós. A nossa união inclui particularmente cada um deles; e eles, que necessitam hoje de nossa bênção, se procurarmos esquecer-nos em favor deles a fim de abençoá-los, amanhã também nos abençoarão.
Espírito : Emmanuel
Psicografia : Francisco Cândido Xavier
Livro: Vida em Vida - Cap. 31
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