Divórcio x Moral Cristã
(Rodolfo Calligaris)
Ao tempo de Jesus, pela lei judaica era permitido ao homem repudiar sua mulher sob quaisquer pretextos. O que se exigia do homem, a esse respeito, era apenas que desse à esposa repudiada carta de divórcio, para que ela pudesse casar-se com outro marido, ou enviuvar.Por causa de tais facilidades, os divórcios ocorriam com muita frequência, tornando bastante precária a estabilidade da família, enquanto o grande número de mulheres repudiadas fazia aumentar o meretrício em larga escala, originando-se um gravíssimo problema social.
Jesus, ao modificar os preceitos da Lei mosaica, só admite um motivo justo para o divórcio, a prostituição. Negando, desse modo, tanto ao homem como à mulher, o direito ao divórcio, por “incompatibilidade de gênios” ou outras “causas” menores, comumente alegadas para justificá-lo, causas que mal encobrem o desejo impuro de experimentar novas sensações, através de diferentes uniões, ou mostram total ausência de paciência e boa-vontade para suportar as falhas do consorte.
Por ser o casamento uma instituição divina, destinada à conservação da Humanidade, como também a oferecer aos espíritos, que se ligam ao grupo familiar, apoio recíproco para suportarem as provas da existência, deve ser resguardado e protegido contra os malefícios da dissolução. O divórcio, ainda hoje, é obtido por qualquer razão, ou mesmo sem razão nenhuma.
A Doutrina Espírita esclarece-nos, a respeito dessa seríssima questão, que, não raro, espíritos que se tornaram inimigos em encarnações passadas são ligados pelos laços do matrimônio para que, nesta nova relação, mediante as vicissitudes e as lutas a serem enfrentadas lado a lado, possam vencer o ódio, a animosidade e tornem-se, afinal, bons amigos.
Perante a espiritualidade, a separação de cônjuges desajustados só serve para interromper o processo de harmonização entre ambos (que precisará ser reiniciado em existência próxima), retardando o aperfeiçoamento de tais almas e, consequentemente, sua felicidade futura.
“Não separe, pois, o homem o que Deus ajuntou.” (Mateus, 19:6.)
Autor : Rodolfo Calligaris
Livro : O Sermão da Montanha – Pág. 81
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