Memorial do Convento
(José Saramago)
Memorial do convento retrata a vida de duas pessoas na construção do convento de Mafra, mandado construir pelo rei D. João V, para agradecer ao divino o nascimento de sua filha dona Maria Bárbara.
Essas duas pessoas são “Baltasar sete-sois” e “Blimunda-sete luas”, assim eramconhecidos, onde Baltasar um ex. militar que se tinha visto privado do braço esquerdo na guerra, e que agora usava no braço, para seu desenrasque no dia-a-dia, um gancho de ferro com um espigão na ponta para se desenrascar ;Blimunda era filha de uma velha senhora que fora presa por ser feiticeira e a que o padre Bartolomeu, que sonhava voar na sua passarola que estava fazendo àsescondidas por causa da inquisição, que estava a seu lado pedira para não se manifestar na sentença de sua mãe, senão também era presa, pois esta também tinha visões de manhã ao levantar e em jejum. Então é aí que se encontram os três, Baltasar, Blimunda e o padre Bartolomeu, do qual se juntam os dois primeiros e se unem para sempre, num ritual de sangue, entregando-se numa união carnal e virgem de Blimunda, pois só tinha 19 anos, e assim conhecem a intenção do padre em voar,e se entregam a tal sonho que os levará a uma amizade prolongada, até que a morte do padre em Espanha, os levou até Mafra para trabalhar na obra do convento, onde Baltasar foi boieiro, isto é aquele que conduz os bois ao puxarem os carros para transporte de pedra e outros materiais para a obra, onde trabalhou todo o tempo, em convivência de sua companheira de vida, Blimunda,onde viu muitos a morrer debaixo das pesadas pedras que el rei, como sua santidade divina na terra, pois a cima dele só Deus, tudo pode e manda nem que seja impossível mas tem que ser feito, nem que para isso se tenha que sacrificar vidas inocentes que não pediram nem quiseram para ali ir, mas sim foram obrigados, onde até foram levados como escravos, presos por correntes e grilhetas ao pescoço, que eram levados contra a sua vontade, mas pela vontade de um rei que nem sequer conheciam, que alguns até pensavam que era louco, pois chegou ao ponto de querer construir um templo igual ou maior que o de S. Pedro em Roma, mas que os arquitectos e outros da sua confiança lhe tiraram de idéia,mas mesmo assim mandou alargar o convento de Mafra para caberem mais monges lá dentro, e então era preciso toda a gente possível e imaginária para que fica-se concluída por altura de seu 30º aniversário, 22 de Outubro de 1730, quando El-rei faz trinta anos e coincide com um domingo, logo tem que ser e quando orei manda está mandado e não se contraria.
Então por essa altura Baltasar vai ao monte ver se a passarola está em perfeitas condições e reparar alguma vela se precisar, mas vai sozinho, não deixa ir Blimunda, diz a esta para esperar por ele que vem logo, mas o pior é que se passaram três dias e nada, foi a inauguração do convento por el-rei com toda a pompa e circunstância como este queria e de Baltasar nem sombra, então no dia seguinte à inauguração Blimunda mete pés ao caminho e vai procurar o marido,perguntando a todos se não viram um homem sem o braço esquerdo a que lhe respondiam que não, então foi até ao local onde deveria estar a maquina que voava mas não viu nada a não ser o saco com a manta e o gancho do marido,pondo-se a procurar pelo monte perde a noção do dia e escurece, então encontra um monge que vivia num mosteiro que lhe diz para não se aventurar de noite que é perigoso e para se abrigar nas ruínas da parte de fora do mosteiro que é mais seguro e de manhã continua, ela cheia de medo assim faz, então de noite percebe gente a ir em sua direcção e a se aproveitar dela, era o frade, e pegando no gancho do marido quando o frade se preparava para introduzir na sua gruta do amor a sua chave do amor do frade, esta lhe espeta o gancho nas costas matando-o, pondo-se logo em fuga dali não vá vir outro, e com medo meteu-se serra abaixo até casa.
Passaram-sedias e Baltasar não apareceu, então decidiu procura-lo por toda a parte,perguntando se não tinham visto um homem que voara numa máquina e que não tinha um braço, a que lhe chamavam de louca e doida e assim andou nove anos, mas de Baltasar nunca soube nada, até que um dia pensa que o encontrou na fogueira, onde o chamou, mas deste já nada ouviu e nem sabe se subiu ao céu ou se nunca da terra saiu, mas para ela nunca saiu, sempre ficou.
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