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Projectar Para as Gerações Futuras
(Comissão Mundial das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento; Oxford University Pres)

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Sendo prática comum, nos dias de hoje, falar-se de arquitectura sustentável, a ligação entre os conceitos de urbanismo e sustentabilidade tende a ficar um pouco esquecida pelos especialistas. Contudo, é importante perceber que a arquitectura, principalmente nas cidades, está subjacente a um conjunto de regras organizadas a uma maior escala: o urbanismo. Com isto não se fala exclusivamente de cidades novas, ou do planeamento de cidades a uma escala global. Actualmente a maioria das nossas cidades são aglomerados consolidados e as tendências de crescimento surgem como tendências de expansão ou reutilização e não como criação de novos aglomerados de raíz como foi, por exemplo, o caso de Brasília com o arquitecto Oscar Niemeyer, ou as cidades ideais projectadas na época do modernismo, cujo expoente máximo encontramos na Cité Radieuse de Le Corbusier. A cidade contemporânea é muitas vezes a cidade dos vazios urbanos. E é na organização urbanística ou arquitectónica desses vazios que se deve atentar à sustentabilidade. Antes de mais, convém enquadrar o termo sustentabilidade.

A verdadeira sustentabilidade satisfaz três critérios: económicos, sociais e ambientais. Um projecto para uma habitação auto-suficiente energeticamente não é sustentável se a construção de cada casa custar meio milhão de euros. Não é sustentável se o seu isolamento com fibras naturais for produzido na Ásia através de trabalho infantil. O agravamento progressivo dos processos de degradação ambiental, a exploração desenfreada dos recursos e bens naturais resultou na ameaça da economia e da qualidade de vida nas cidades. Ainda na década de 70, a partir da constatação dos diversos problemas decorrentes do desenvolvimento da economia mundial, do processo de globalização económica e de segregação social, começou a consciência da necessidade de ruptura de paradigma na relação do urbanismo e seus novos conceitos de desenvolvimento sustentado no equilíbrio com o meio ambiente. Nasce então um novo conceito, citado e defendido com fervor em seminários, congressos e publicações na área científico-académica dos mais diversos campos do pensamento humano, denominado Sustentabilidade. Contudo, urbanismo e sustentabilidade nem sempre são facilmente conjugados, devendo-se tentar ajustar as necessidades de ambos. Uma das dificuldades surge logo ao nível do solo. Os projectos urbanos têm muitas vezes impacto sobre os sistemas de recursos naturais existentes ou a sua viabilização implica alterações nas leis de protecção de determinados recursos ou áreas. ´
 A reorganização de um espaço urbano sustentável passará por: Controlo do crescimento urbano, apostando na densidade e no preenchimento dos vazios urbanos, o que minimizará os custos de infra-estruturas. A prioridade na sobreposição de usos compatíveis deve combater a sectorização e zoneamento rígido, o que diminui a segregação social e o impacto ambiental; O aumento da densidade permitirá a redução do tráfego automóvel e correspondente poluição, complementado com a melhoria do sistema de transportes colectivos ou alternativos; Desenho de espaços à escala pedonal, melhorando a qualidade de vida das populações. As cidades pedonais – cidades com um complexo de redes de ruas pedonais - são cada vez mais apreciadas, proporcionando inclusivé um estilo de vida mais saudável. Veneza e Copenhaga são dois exemplos de cidades pedonais desenvolvidas e estruturadas; A malha urbana ser pensada de acordo com a redução nos caminhos e trajectos percorridos pela população, definindo que o cidadão realize a maioria das suas actividades diárias sem a necessidade de utilização de automóvel ou transporte público; Adequação do traçado urbano às condições geofísicas e geoambientais - inter-relação entre o homem, natureza e espaço ocupado; A adequação e transformação das cidades tendo em conta o conceito de sustentabilidade tem vindo a tornar-se cada vez mais não uma opção mas uma necessidade. É preciso que todos nos consciencializemos de tal necessidade, para que possamos trabalhar em conjunto para este objectivo comum. " O desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz as necessidades da geração actual sem comprometer a capacidade das gerações futuras para satisfazer as suas."



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