Resumo de Orientação Em Espaços De Saúde -

Orientação Intuitiva

O conceito de Orientação Intuitiva parte do pressuposto que o utilizador de um qualquer espaço precisa de entender a sua organização, perceber onde está e onde está o local para onde quer ir, e então “traçar” o seu percurso. Ao longo desse percurso a pessoa pode ser ajudada, ou atrapalhada, por um conjunto de elementos – arquitectónicos, de design ou mesmo humanos.

Um Sistema Integrado de Orientação Intuitiva é mais que sinalética, é o conjunto das pistas, constituídas por elementos visuais, auditivos, tácteis ou outros, que permitem às pessoas movimentarem-se no espaço de maneira segura e informada. Percorrer um edifício onde este conjunto de pistas não seja adequado ou suficiente torna-se um experiência perturbadora e "stressante". Os problemas causados por um sistema de orientação deficiente – desorientação, insegurança, perdas de tempo, stress, cansaço – são agravados no caso de uma unidade de saúde. Desorientação em Saúde
Existe um conjunto de factores que levam ao reforço da importância que tem um sistema integrado de orientação intuitiva, que englobe o máximo de elementos, ajudando o maior número de utilizadores possível.As Unidades de Saúde estão muitas vezes instaladas em espaços já antigos, que foram crescendo e sendo adaptados conforme as necessidades, criando estruturas espaciais confusas e incoerentes. Também algumas das Unidades de Saúde mais recentes, de menor dimensão, ocuparam espaços pensados para outros tipos de ocupação.

Os utentes, sejam eles doentes ou visitas, estão muitas vezes fragilizados tanto física como emocionalmente, exacerbando sentimentos de insegurança e ansiedade. O aumento dos níveis de stress tem consequências comprovadas na capacidade de recuperação de um doente, e portanto no seu tempo de internamento e na eficácia dos tratamentos que recebe.
Uma questão de particular importância é a utilização do espaço por utentes que de algum modo têm a sua mobilidade condicionada - seja por dificuldades na deslocação ou na capacidade de leitura da informação. Uma regra a aplicar pode ser a de que se o sistema de orientação intuitiva for indicado para um utente com algum tipo de limitação, e que aborde o espaço pela primeira vez, o será também para todos os outros.Por outro lado, profissionais de todo o tipo vêm o seu trabalho interrompido e perdem tempo a dar resposta a solicitações de pessoas que se encontram perdidas ou simplesmente “baralhadas”. Mesmo as visitas, que muitas vezes têm um percurso diferenciado, podem facilitar a tarefa dos colaboradores se houver menos enganos, e forem desde logo informados para onde ir e por onde.

Orientação Intuitiva em Espaços de Saúde
Como noutros equipamentos e serviços, um utente pode entrar na unidade de saúde já a saber para onde se dirigir e qual o melhor acesso. Esta informação pode recebê-la ainda em casa, seja através de um site da Internet ou nos contactos aquando da marcação da visita com indicações orais, ou folhetos e mapas. A informação ou comunicação institucional deve ser entendida como um todo, complementando-se e nunca veiculando informação contraditória.
Dentro da unidade de saúde deve ser clara a distinção entre os espaços públicos e os de acesso limitado a profissionais. Cada vez que se passa de uma área para outra, essa passagem deve ser clara, para que o utente do espaço tome uma decisão sobre se a quer, ou pode, fazer. Os percursos das visitas, dos doentes internados, dos colaboradores, etc. devem ser diferenciados – através dos acabamentos ou revestimentos, da sinalética e outros elementos visuais, da própria configuração do espaços.

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