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Freud e a Psicanálise
(Berry; Ruth;)

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Enquanto teoria a psicanálise tenta compreender a personalidade humana em toda a sua
complexidade fornecendo-nos uma perspectiva dos diferentes aspectos que a
caracterizam: o aspecto dinâmico das forças ou pulsões que a fazem mover e dos
conflitos que se estabelecem; o aspecto tópico, as zonas e estruturas que
caracterizam o seu funcionamento; o aspecto económico, que se ocupa da gestão e
investimento das energia pulsionais; e o aspecto genético que identifica os
grandes momentos e transformações através dos quais o indivíduo constrói e
estrutura a sua personalidade. A psicanálise abordou todos estes novos modelos
conceptuais de uma forma bastante inovadora para a época. Alguns foram pela
primeira vez propostos por Freud, tais como a importância dos processos
inconscientes, o papel da sexualidade e o relevo dado à infância na formação da
personalidade. Segundo o fundador desta teoria, toda a dinâmica psicológica e
afectiva tem por base tendências inatas, as pulsões ou instintos, nomeadamente
sexuais, que conduzem o indivíduo para actividades que cabem com essa tensão,
gerando prazer. A sexualidade a que Freud se refere é toda e qualquer forma de
conseguir prazer, desde o chuchar no dedo até à realização do acto sexual.
Partindo da sua prática clínica, Freud propõe um primeiro modelo de
funcionamento do “aparelho psíquico” _ “1.ª tópica”_ dividindo-o em duas áreas:
o inconsciente e o consciente ou pré - consciente. Estas duas áreas comunicam
através da “censura” que tem o papel de manter no inconsciente os materiais
(afectos, representações, vivências) que possam chocar o consciente, este
processo é denominado por “recalcamento”. Porém esta visão do psiquismo humano
era incompleta e Freud acabou por criar uma “2.ª tópica” que o dividia em três
instâncias: o id (constituído pelas pulsões; funciona segundo o principio do
prazer), o ego (que regula o conflito entre as pulsões e as exigências da
realidade exterior, através dos “mecanismos de defesa”; funciona segundo o
principio da realidade) e o superego (formado pela interiorização das
proibições impostas pela realidade exterior). Para a psicanálise a
personalidade humana constrói-se através de várias instâncias que a compõem e
da diversidade das formas de realização das pulsões. Freud dividiu esse
desenvolvimento em várias fases, sendo cada uma delas identificada pela zona do
corpo que provoca satisfação da sua pulsão _ zona erógena _ ,  através da sua estimulação. No primeiro ano de
vida a zona erógena situa-se na boca _ fase oral; aos dois e três anos é a
região anal _ fase anal; entre os três e os cinco/ seis anos a zona erógena
centra-se nos órgãos genitais mas indiferenciados e representados
simbolicamente pelo pénis _ fase fálica, é no decurso desta fase que a criança
experiência o complexo de Édipo e dá-se a estruturação do superego; entre os
seis e os onze/ doze anos a actividade pulsional abranda e dá-se uma “amnésia
infantil” na qual as experiências afectivas anteriores sofrem um processo de
“recalcamento” _ período de latência; na puberdade a actividade das pulsões
volta a estar mais activa e as zonas de prazer voltam a ser os órgãos sexuais,
mas agora diferenciados _ fase genital. Cada fase superas as anteriores
integrando-as e unificando-as sob o ponto de vista da satisfação, mas por vezes
a passagem à fase seguinte pode ser dificultada por uma “fixação” (excessiva
gratificação) ou por uma “regressão” (a formas de satisfação típicas de uma
fase anterior).

Como método a psicanálise começou pelo uso da hipnose, mas mais tarde acaba por prescindir
deste e passou a recorrer a outras técnicas como as associações livres de
ideias e a interpretação dos sonhos.

A terapia psicanalista começou com o objectivo de tornar o indivíduo consciente da
vivência inconsciente que provocava a perturbação neurótica, porém isto era
isuficiente. Então, só através a revivência e resolução do conflito
anteriormente mal resolvido, que são feitos por “transferência” para o
psicanalista, é que a cura se pode dar.



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