BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


As PAREDES TÊM OUVIDOS
(Hélio Batista)

Publicidade
Felizmente, existe hoje no mercado uma imensa variedade de materiais para revestir os pisos, as paredes e o tecto dos auditórios, além de boas marcas de poltronas, que também influem na qualidade acústica do ambiente. A gama de materiais disponíveis actualmente permite que cada auditório tenha características próprias, de acordo com o estilo e as necessidades dos usuários, pondo fim à padronização que imperava no passado. "Com os novos recursos tecnológicos, os espaços podem ter múltiplos usos", observa o arquitceto Edson Elito, responsável por projetos de teatros e auditórios como o Teatro Oficina e o Sesc Santo Amaro, em São Paulo. "Hoje, esses locais servem como salas de reunião, de conferência e de projecção". O tamanho e a capacidade dos espaços também se tornou variável. Auditórios grandes podem ser subdivididos em áreas menores, graças às divisórias móveis e às cadeiras e poltronas removíveis. ". Independente do tamanho, a escolha do piso e do revestimento para o auditório deve levar em conta o uso que se pretende dar ao ambiente: apresentações musicais, palestras para grandes audiências, conferências para pequenos grupos ou usos mistos. Todos os materiais utilizados, incluindo os das poltronas, podem alterar o tempo de reverberação do local, factor que influi directamente sobre a qualidade de audição. Pisos de cimento, por exemplo, aumentam o tempo de reverberação, ao passo que as carpetes o diminuem. "É possível mesclar materiais, até porque não há um material que resolva todos os problemas", diz Marconato. Ao se projetar um auditório, o conhecimento preciso a respeito do tempo de reverberação - existem tabelas para defini-lo - pode evitar grandes transtornos quando da realização de eventos. auditórios e salas de conferência. depende também, lembra, da densidade e do material de que é feita a parede. "Podem ser usados painéis acústicos de madeira, mas nem sempre em toda a parede", acrescenta. De facto, materiais texturizados, como a madeira, evitam que o som se reflita numa única direção, conforme explica o arquitecto Nelson Dupré. Responsável pelo projeto da Sala São Paulo, utilizou placas de marfim nos balcões e nas paredes da famosa sala de concertos. Dupré recomenda que os projectos de auditórios evitem paredes curvas e superfícies lisas, como o vidro e a fórmica. No caso da Sala São Paulo, as placas de madeira estão posicionadas em planos diferentes e apresentam umaangulação em relação à parede. Apesar das suas qualidades acústicas, a madeira não pode ser aplicada a todos os casos. . Alguns tipos de espuma funcionam também para o isolamento térmico do local. . O arquitecto Edson Elito destaca que o aparecimento desses materiais no mercado é relativamente recente. Na época??? em que trabalhou no projecto do Teatro Oficina, em São Paulo, o próprio Elito teve de desenhar e encomendar a construção de painéis de fibra de cimento, para melhorar a difusão sonora. Uma solução já bastante utilizada para melhorar tanto o isolamento térmico como o acústico é a colocação de placas de lã de vidro, revestidas de tecido decorativo, sobre as paredes e/ou divisórias, processo que exige mão-de-obra bem treinada para evitar "repuxos" e desencontros. A novidade nesse tipo de material é o fornecimento desses painéis já montados, com o tecido devidamente aplicado sobre o isolante. "É só aplicar as placas no local, com grande economia de tempo", explica Carlos Augusto Silva, diretor da Isofibras, que produz as placas Fiber Sound. Ao procurar diminuir o tempo de reverberação, contudo, é preciso tomar cuidado para não abafar demais o som, produzindo o que na linguagem técnica se chama de "ambiente morto". Isso acontece, por exemplo, quando se usa de forma indiscriminada a carpete. De facto, esse é um tipo de revestimento muito recomendado para a absorção do som em  freqüências médias e altas, oferecendo ainda outras vantagens: é barato, fácil de ser removido e cortado, evita o barulho das passadas e facilita a adaptação dos ambientes que não foram construídos para funcionar como auditórios. No entanto, a colocação de carpete em todo o ambiente (em alguns casos, coloca-se até nas paredes e no forro) resulta num som muito abafado, amortecido. Daí a importância de se mesclar diversos tipos de materiais. Elito, por exemplo, está a trabalhar no projecto deum teatro que usa piso de borracha na área da platéia. Já Marconato, sugere que os corredores de circulação também podem ter piso de granito ou de madeira.
Nesse caso, pode-se usar lã de fibra mineral sob a madeira, para amortecer o barulho das passadas. No que se refere ao forro, a aplicação de placas de lã de rocha também melhora a qualidade acústica e contribui para o isolamento térmico dos auditórios. As placas fabricadas pela Rockfibras, por exemplo, têm uma capacidade de absorção sonora de 55%, segundo o fabricante. A Illbruck, por sua vez, acaba de lançar o Squareline, um revestimento para forro feito de espuma
de poliuretano cinza e telas de metal cromado. Além das propriedades acústicas, térmicas e estéticas, a escolha do revestimento para o forro leva em consideração sua influência sobre a luminosidade do ambiente e sua facilidade para a instalação dos equipamentos de iluminação. Por isso, Marconato aconselha que nessa altura se consulte também um especialista em luminotécnica. O mesmo cuidado que se toma com as superfícies de um auditório, em relação à acústica, também deve ser observado na escolha das poltronas. O excesso de absorção acústica é sempre um problema, principalmente no caso de auditórios com mais de 600 lugares. "



Resumos Relacionados


- Pisos

- Vidros Especiais Parte Ii

- Pisos De Pvc E Vinílicos Poderão Fazer Toda A Diferença Na Hora De Cri

- Argamassas

- Como A Garrafa Térmica Conserva O Calor.



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia