O Papel do Brinquedo no Desenvolvimento da Criança
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Muitas atividades dão à criança experiências de prazer muito mais intensas do que o brinquedo. Dizer que o brinquedo como atividade dá prazer não é correto, pois quando o resultado for desfavorável à criança, em caso de jogos, são frequentemente acompanhados de desprazer. Não se pode definir o prazer como uma característica do brinquedo.
Erroneamente alguns teóricos ignoram as necessidades das crianças que é entendida como tudo
aquilo que é motivo para a ação. Se ignorar-mos as necessidades das crianças e os incentivos que são eficazes para colocá-las em ação, nunca seremos capazes de entender o avanço de um estágio do desenvolvimento para o outro, pois todo avanço está conectado a uma mudança acentuada nas
motivações, tendências e incentivos, que levam a uma maturação das necessidades.
A criança em idade pequena (2 a 3 a) não pensa a longo prazo, quer tudo imediatamente para
que seus desejos sejam satisfeitos. Na idade pré-escolar, quando o desejo não podem ser
imediatamente satisfeito , o comportamento da criança muda, e para que essa questão se resolva
envolve-se num mundo ilusório e imaginário onde os desejos que são realizáveis podem ser realizados, esse vem a ser o brinquedo.
A imaginação surge como um processo psicológico novo para a criança, como uma forma
específica de atividade consciente, ela surge originalmente da ação . O prazer derivado do brinquedo é controlado por diferentes motivações não querendo dizer que todo o desejo não satisfeito dão origem a brinquedos. A satisfação imaginária não é portanto uma característica definidora do brinquedo em geral.
O brinquedo que envolve uma situação imaginária é um brinquedo baseado em regras, pois todo
o brinquedo contem regra de comportamento, embora possa não ser um jogo com regras formais
estabelecidas a priori. Ao brincar de mãe a criança segue as regras do comportamento maternal, pois o que na vida real passa despercebido pela criança torna-se uma regra de comportamento no brinquedo, portanto é incorreta a noção de que uma criança pode se comportar em uma situação imaginária sem regras. O mais simples jogo com regra transforma-se imediatamente numa situação imaginária. Em resumo toda a situação imaginária contém regras de uma forma oculta, assim como todo jogo com regras contém, de forma oculta, uma situação imaginária.
O desenvolvimento da criança é influenciado pelo brinquedo, é no brinquedo que a criança
aprende a agir numa esfera cognitiva, dependendo das motivações e tendências internas, sendo o
aspecto principal da consciência a união da motivação e percepção, onde a percepção é um aspecto integrado de uma reação motora. Toda a percepção é um estímulo para a atividade.
Na sua evolução do brinquedo os objetos perdem sua força determinadora, a criança começa a agir independentemente daquilo que vê. No brinquedo, o pensamento está separado dos objetos e a ação surge das idéias e não das coisas.
A ação regida por regras começa a ser determinada pelas idéias e não pelos objetos. A relação da criança com a realidade está radicalmente mudada, ela não consegue ainda, separar o pensamento do objeto real, não querendo dizer que as propriedades das coisas como tais não têm significado.
A situação de brinquedo exige continuamente que a criança aja contra o impulso imediato.
Assim, que a regra como atributo essencial do brinquedo torna-se um desejo. Satisfazer as regras é
uma fonte de prazer. A criação de uma situação imaginária pode ser considerada como um meio para desenvolver o pensamento abstrato, sob o ponto de vista do desenvolvimento.
A essência do brinquedo e a criação de uma nova relação entre o campo do significado e o campo do significado e o campo da percepção visual, ou seja, entre situações do pensamento e situações reais.
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