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Crédito imobiliário terá R$ 105 bilhões em 2011
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Com total apoio do Banco Central, que pretende dar mais estímulos ao mercado, os bancos vão pisar fundo na concessão do crédito imobiliário, que tenderá a substituir o financiamento ao consumo – alvo de recentes restrições por parte da autoridade monetária. A previsão, segundo o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Luiz Antonio França, é de que a liberação de recursos para a casa própria cresça entre 40% e 50% em 2011, depois de dar um salto de 60% no ano passado. Caso as estimativas se confirmem, somados os recursos da caderneta de poupança (R$ 82,5 bilhões) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (R$ 23 bilhões), será liberada a quantia recorde de R$ 105,5 bilhões, o suficiente para a compra de 1,2 milhão de imóveis novos e usados.

Na avaliação do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, será muito saudável para o sistema financeiro ampliar os recursos para o crédito imobiliário, de mais longo prazo, menos arriscado e com impacto menor sobre a inflação. Nos últimos anos, destacou Tombini, o crédito total, que chegou a 50% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, foi puxado pelo consumo. Mas, diante do recrudescimento da inflação e do excesso de demanda, foi preciso que o BC agisse para frear o endividamento de curto prazo dos brasileiros, reduzindo, ao mesmo tempo, as pressões sobre os preços e os riscos dos bancos, que podiam ser engolfados por uma bolha semelhante à que explodiu em 2008 nos Estados Unidos e levou o mundo à recessão.

Para induzir a mudança no perfil de crédito do sistema bancário, em dezembro o BC retirou R$ 61 bilhões do caixa das instituições por meio dos chamados depósitos compulsórios. Além disso, passou a exigir mais capital dos bancos para assegurar empréstimos e financiamentos de bens de consumo, especialmente automóveis, com prazos superiores a 24 meses. Imediatamente, o mercado elevou os encargos cobrados dos consumidores. Já para a casa própria, nada mudou. E a tendência é de que, nas próximas semanas, o governo dê novos incentivos ao crédito imobiliário.

Alternativas

Segundo o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Fábio Barbosa, um dos estímulos poderá ser a mudança na vinculação dos recursos captados por meio da caderneta de poupança. Hoje, obrigatoriamente, no mínimo 65% dos depósitos têm de ir para o financiamento da casa própria, o que cria uma série de distorções no mercado. “Precisamos repensar a vinculação do crédito imobiliário à poupança. Essa vinculação se tornou um problema”, disse. Barbosa destacou, ainda, que será preciso criar alternativas de financiamento à casa própria, pois a capacidade de liberação de recursos da caderneta tenderá a se esgotar até o fim de 2012.

No entender da presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, encontrar fontes alternativas à poupança para o crédito imobiliário é vital, sobretudo porque é a tradicional aplicação que garante o acesso da classe média à casa própria. “Mas não creio que esse seja um tema tão urgente. Na minha opinião, a caderneta continuará sendo a principal financiadora de imóveis do país. O FGTS terá um papel mais social, atendendo à população de mais baixa renda (até 10 salários mínimos)”, afirmou.

Pelo sim, pelo não, a Caixa está se movimentando no exterior para captar recursos por meio de fundos. Esse dinheiro será destinado, preferencialmente, para financiamentos diretos às construtoras. O banco estatal, que responde por quase 70% do crédito imobiliário do país, também está emitindo títulos dando como garantias financiamentos que têm a receber. É o que se denomina securitização, ou certificados de recebíveis imobiliários (CRIs), papéis que são comprados por fundos de investimentos e fundos de pensão. Pagam entre 10% e 12% ao ano de juros.

Juros estáveis

Apesar do aumento da taxa básica de juros (Selic) neste mês, ninguém do mercado acredita em elevação dos encargos cobrados nos financiamentos imobiliários, justamente por causa da vinculação dos recursos disponíveis à caderneta de poupança, que paga 6% ao ano mais a variação da Taxa Referencial (TR). Para o Banco Central, a tendência é de estabilidade nos custos, devido à grande concorrência entre bancos. Nos contratos de imóveis avaliados em até R$ 500 mil, vinculados ao Sistema Financeiro de Habitação (SFH), as taxas têm variado entre 8,5% e 10% anuais mais a TR.

Para imóveis cotados no mercado acima de R$ 500 mil, os juros vêm oscilando entre 10% e 12% ao ano além da TR. Quando o financiamento é feito diretamente pelas construtoras, os custos são maiores: 1% ao mês, mais a variação do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), que, no ano passado, subiu 11,32%, a maior alta desde 2004. Quer dizer: quem optou por negociar direto com as empresas viu as prestações subirem mais de 20% apenas em 2010.



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