Autobiografia DE UM YOGUE CONTEMPORÂNEO
(PARAMAHANSA YOGANANDA)
Yogananda expõe as doutrinas esotéricas do Oriente tendo como roteiro sua vida e a dos Mestres que o iniciaram e o levaram ao êxtase espiritual.
“Autobiografia de um Yogue Contemporâneo” é um retrato de uma época da India dos Yogues santos, suas práticas com base na antiga sabedoria do auto-aperfeiçoamento espiritual nos retiros do Oriente. Fala também de sua estadia na América onde viveu vários anos, fundou a Self Realization Fellowship, e iniciou milhares de pessoas na ciência do Kriya Yoga. Paramahansa Yogananda, diplomado pela Universidade de Calcutá foi o primeiro grande Mestre da Índia a viver no Ocidente.
Desde criança ele demonstrou interesse pelo sagrado, um grande amor a Deus, confiança irrestrita na Mãe Divina. Sua iniciação em Kriya Yoga o transformou em um homem com poderes de cura, fato que ele não cita no texto, porém dá ênfase aos anos de treinamento espiritual com seu guru Sri Yukteswas; fala de seus encontros com personalidades como Mahatma Gandhi, Thereza Neumann – a católica estigmatizada da Bavária, R. Tagore e seus poemas, a Gíri Baba – a mulher yogue que nunca se alimenta, etc.
Fala da Kriya Yoga = união com o infinito por meio de certa ação ou rito. É uma ciência clara e incontestável. Esse processo tem a ver com a purificação do corpo pela respiração onde o yogue transmuta suas células em energia, podendo materializar ou desmaterializar seu corpo, realizar milagres e alcançar o autodomínio. Apoiado em citações Bíblicas e do Bhagavad Gíta ilustra de forma clara e precisa seus pensamentos e informações do vasto saber que acumulou em sua vivência com os Mestres. Destaque para os Gurus: Mahavatar Bábají, Yogavatar Lahiri Mahsaya, Jnanavatar Sri Yuktestar, Janâkananda, entre outros. Aborda também a organização social da Índia, lembrando das Leis do grande legislador Manu que percebeu claramente que os homens, pela sua evolução natural se distinguiam em quatro grandes classes:
Sutras – formada pelos capazes de prestar serviços à sociedade através de seu trabalho braçal ou manual. É o estágio dos desejos, atividades relacionada com a vida dos sentidos.
Vaicias – os que servem através de raciocínios e perícia, em agricultura, comércio, intercâmbio e negócios em geral. É o estágio do ganho e satisfação pelo domínio dos desejos.
Xátrias – os que possuem talento administrativo, executivo e defensivo – são os governantes e guerreiros. É o estágio da autodisciplina, vida de ação correta e de responsabilidade.
Bramins – são os de natureza contemplativa, espiritual, inspirados e inspiradores. É o estágio da liberação, a vida de espiritualidade e de ensino religioso. Somente o caráter e a conduta é que determinam se alguém nasceu duas vezes. Só um guru pode determinar isso.
Elas juntas prestam serviços à humanidade. Elas oscilam da ignorância à iluminação em suas qualidades naturais, uma sobrepondo-se às outras num mesmo indivíduo. O status evolutivo de cada um pode ser determinado por um guru. O respeito ao sistema de castas obedecia à qualificação natural, e não ao do nascimento. Isso representava a sobrevivência das Nações, pois agia como um freio preventivo contra a libertinagem.
Manu também ensinou que os membros de uma sociedade merecem respeito na medida de sua sabedoria, virtude, idade, parentesco ou, por último, a riqueza. É com essa visão da sociedade que o autor apresenta sua história.
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