A Humilhação
(Philip Roth)
O livro é dividido em apenas três capítulos ou metaforicamente em três atos, por se tratar de um ator de teatro a personagem principal, Simon Axler, um homem de sessenta e poucos anos. O livro se passa em Nova York e aborda, com propriedade, a questão do suicídio. De forma metafórica, como se a vida fosse uma encenação.
De uma hora para outra, Simon perde a confiança para atuar. Considerado um dos maiores atores de sua época, sem que nem porque ele perde a autoconfiança e começa a tropeçar nas falas e se atrapalhar com personagens comuns para ele. Isso faz com que ele se torne recluso e deprimido. A mulher de Simon o abandona, pois não agüenta a derrocada moral do marido. Fica claro que a questão não é financeira.
Simon se interna em uma clínica psiquiátrica, pensando ser essa a causa de sua angústia. Lá ele se apega à um grupo de suicidas frustrados. Mas quem mais chama sua atenção é uma mulher, Sybil, que teve uma crise nervosa ao encontrar o marido abusando da filha pequena. Ela promete matá-lo.
O agente de Simon tenta convencê-lo a voltar, inclusive através de uma dinâmica de grupo, feita por um conceituado profissional. Sugestão essa recusada por Axler.
O personagem passa a viver na mais completa solidão. Ele recebe uma carta, através de seu agente, de Sybil. Ela estava presa. Cumprira o que prometera fazer no manicômio. Matara o marido.
A solidão continua, até que aparece Peegen. Quarentona, lésbica, professora universitária e filha de um casal de amigos, também atores, da juventude de Simon.
Peegen decide retomar sua heterossexualidade com Simon. Eles vivem um intenso caso de amor, sempre permeado pelo medo de Simon do abandono ou do fracasso na tentativa. E ainda a perseguição de uma ex-namorada de Peegen.
O caso é reprovado pelos pais da mulher, mas ainda assim progride.
Com o passar dos meses, Peegen sente a necessidade de envolver outras mulheres na relação; isso trás prazer à Simon, mas também insegurança.
Do nada, assim como a confiança, Peegen decidi ir embora com uma das mulheres envolvidas no caso.
E é nesse momento que Simon decide sair de cena, é completando a metáfora do teatro, ele se mata com um tiro na boca. Em momento algum ele se mostrou um suicida, apenas flertou com essa possibilidade.
Foi o último livro do judeu novaiorquino Philip Roth. Ele consegue mostrar que uma história forte e bonita pode ser contada em poucas páginas.
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