Produção e consumo de alimentos no Espírito Santo
(Eraldo Bivar Mollulo Junior)
O Espírito Santo nunca foi um grande produtor de alimentos quando comparamos com números de outros Estados da Federação, entretanto, sempre foi um celeiro de qualidade nos itens que produzia. Exemplo disso é o café da região serrana e norte do Estado, premiado em todo o mundo, o mamão papaia, reconhecido como de grande qualidade e exportado para diversos países, entre outros exemplos pontuais.
Desta forma, quando analisamos os comparativos em termos de produção, vemos que, principalmente a partir da primeira metade dos anos 90, a produção de alimentos no Estado vem diminuindo a cada ano. Para justificar esta queda, vários fatores podem ser elencados, como a urbanização de áreas antes estritamente rurais, a facilidade de importação de gêneros de outros estados, a unificação de culturas antes diversificadas, o aumento de áreas de pasto bovino ao revés da supressão de áreas de plantio, entre outros.
Analisando a evolução da safra de alimentos produzida no Espírito Santo a partir de 1976, é clara a tendência de diminuição da produção partindo da década de 90, quando o Estado passou a receber mais investimentos e consequentemente, iniciou sua mudança de estilo de agrícola e interiorano para industrializado e urbanizado.
Quando o comparativo é com os demais Estados da Região Sudeste, nota-se uma disparada diferença entre a produção agrícola dos Estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro, com a produção de São Paulo e Minas, Estados reconhecidos historicamente como grandes produtores. Mas mesmo para estes últimos, há ainda uma tendência de queda na produção nos últimos anos, evidenciada pelos mesmos motivos relatados no ES.
É fato que, apesar de diminuição na produção, o consumo no ES está cada vez mais aumentando, mas não somente em quantidade, mas também em qualidade, que agregada à melhores condições de vida da população, geram consumidores mais conscientes de que podem exigir qualidade máxima nos produtos que consomem, forçando os elos da cadeia de produção a se especializarem, utilizando novas tecnologias e buscando extrair o máximo em produtividade e qualidade em seus produtos. O problema é que nem todos estão preparados para esta nova realidade, e o que se vê no geral é o problema do desperdício causado pelo simples despreparo no manejo de gêneros diversos.
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