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Análise de viabilidade para implantação de projetos sociais
(Eraldo Bivar Mollulo Junior)

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É fundamental que se faça uma análise de viabilidade antes da implantação do projeto. Este check-list pode ser realizado de várias maneiras, com uma pesquisa de campo, entrevistas, conversas com produtores, em prefeituras, entre outros, mas que necessariamente precisam responder algumas questões básicas como:
 

Existe desperdício de alimentos na unidade onde será aplicado o projeto?

A principal característica a ser observada no momento de planejamento de atividades como esta é: há o desperdício de alimentos naquela unidade? Parece óbvio, mas geralmente a implantação de projetos como este acontece pela força de pessoas apaixonadas, e que muitas vezes deixam que a vontade supere o cuidado com os itens básicos a serem considerados, e muitas vezes esta é a receita de um insucesso do projeto.

Qual o volume de alimentos desperdiçados por mês?

Deverá ser considerado também o volume de alimentos desperdiçados e que podem ser reaproveitados pelo projeto. Apesar de ser um problema encontrado por todo o Brasil, é fato que em alguns locais, seja pela responsabilidade de gestores ou pelo cuidado de produtores, conseguem diminuir o desperdício adotando práticas corretas de armazenagem, transporte e exposição dos alimentos. Nesta situação, a aplicação de um projeto como este torna-se inviável neste molde, pois se não há alimentos a serem redistribuídos, o foco do projeto fica voltado somente para as doações.

A direção da unidade (hortifrúti, supermercado ou feira livre) é favorável à aplicação de uma solução deste tipo?

É outra questão que parece óbvia, mas que, no entanto, tem grande importância no período de planejamento de uma atividade assim. Cada indivíduo tem suas convicções e aspirações, e não é incomum encontrar pessoas que não estão preocupadas em desenvolver, ou apoiar, ações que possam contribuir para uma melhora na imagem da empresa, ou mesmo para a melhoria das condições de vida dos menos favorecidos. É inviável a aplicação de um projeto como este se não há a concordância e apoio da direção da unidade, pois os atritos seriam diários na medida em que o projeto vá se desenvolvendo, e acabariam por desgastar a relação com os apoiadores que eventualmente estivessem juntos do projeto. 
 

Existem parceiros na sociedade que poderiam contribuir para a operacionalização do projeto? E com doações?

A falta de recursos (financeiros, humanos e materiais) é o grande entrave à operacionalização de projetos sociais voltados para todos os fins. Para a plena realização de uma atividade como esta, muitos atores são envolvidos, sejam institucionais, privados ou públicos, e recursos são utilizados, como materiais de expediente, veículos, pessoas, espaços físicos, entre outros. A falta de parceiros que possam contribuir com a alocação destes recursos no projeto se configura em um problema crônico, pois se não existe estrutura, não existe projeto. Além dos recursos básicos, como no caso do projeto CEASA sem Desperdício, também são realizadas diversas doações de alimentos, que aumentam o volume de produtos que passam pelo projeto, e contribuem para aumentar a abrangência de atuação, frente às organizações atendidas. 
 

Há no local alguma estrutura física tipo sala ou galpão que poderia ser utilizada nas atividades?

A organização é fator fundamental para o sucesso de qualquer atividade, e com um projeto como este não é diferente. É necessário ter uma estrutura (condizente com o volume de doações) que seja somente utilizada pelas atividades do projeto, pois misturar atividades em meio a outras que possam acontecer dentro de unidades como estas, pode vir a gerar problemas, tanto para o projeto como para a gestão da própria unidade.
 

A iniciativa privada tem disposição de contribuir com atividades deste tipo?

O apoio da iniciativa privada na execução de um projeto como este é de fundamental importância. O Estado tem grande dificuldade e lentidão na disponibilização de apoio à iniciativas sociais como esta, por outro lado,  organizações privadas têm grande agilidade neste apoio. As doações feitas por empresas e mesmo os pequenos e médios produtores são o propulsor que irá gerar força para as atividades do projeto, por isso, conhecer os parceiros privados que podem contribuir para o projeto é de extrema importância para o seu sucesso. Porém, mesmo tendo atuação dificultada, não se pode excluir o poder público da atuação, contanto que se tenha bem claro que o projeto não dependa exclusivamente dele.
 
Ao responder positivamente estas questões, grande parte da fase inicial de implantação estará encaminhada, uma vez que revelam a disposição dos parceiros locais em contribuir com o projeto. Deve-se considerar que projetos como este, usualmente, têm grandes dificuldades financeiras, e caso não haja a contribuição de voluntários ou parceiros institucionais capazes de bancar a contratação da mão de obra necessária, o sucesso das atividades poderá estar comprometido.Iniciativas como esta são, muitas vezes, responsáveis pela geração de grandes dividendos institucionais e sociais, pois o reconhecimento social de um projeto como este é um resultado certo, desde que desenvolvidas as atividades com sucesso. Assim, o apoio da sociedade se torna uma consequência do bom trabalho, mas também uma ferramenta na aglutinação de esforços, pois é a partir deste apoio social que o projeto se torna confiável, atraindo assim mais parceiros, que certamente contribuirão para que se minimizem ainda mais os efeitos causados pelo desperdício de alimentos, e cada vez mais pessoas sejam beneficiadas pelo projeto.



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