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Palete, UMA IMPORTANTE FERRAMENTA NO COMÉRCIO EXTERIOR
(Eraldo Bivar Mollulo Junior)

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Paletes (ou estrados) são plataformas destinadas a suportar cargas permitindo a movimentação por meio de garfo (de empilhadeiras elétricas, a gás ou manuais), onde os produtos podem ser unitizados. 
 
Bertaglia (2005) afirma que o palete é uma plataforma que pode ser fabricada de metal, madeira ou fibra, projetada para ser movimentada mecanicamente por meio de equipamentos como empilhadeiras, paleteiras, guindastes, carrinhos hidráulicos ou veículos similares. Como principais vantagens do seu uso, a redução de recursos nas etapas logísticas de armazenagem, transporte e movimentação, além de maior agilidade nos tempos de carga de descarga.
 
Em outras palavras, Keedi (2005, p. 37) afirma que,
 
[...] o palete pode ser entendido como qualquer estrutura própria para acomodação de carga, feito de madeira, plástico, metal, fibra, papelão ou qualquer material que se adapte a seu propósito e não interfira com a carga, seja ela sólida, líquida, gasosa, química, alimentos, seca, refrigerada etc. Esta estrutura é construída para servir de piso às mercadorias que serão unitizadas nela até certa altura.
 
Esta é uma ferramenta que pode ter infinitas utilizações, normalmente para uso interno em armazéns ou para troca de mercadorias entre matrizes, filiais, ou mesmo para utilização ao redor do mundo através da utilização de paletes de terceiros na forma de aluguel.
 
Devem ser consideradas as possibilidades de utilização de modelos e dimensões de paletes constantes das normas técnicas e/ou normas internacionais. Exemplos das dimensões constantes das normas brasileiras que derivam da ANSI (American National Standards Institute) propõe paletes com 1100 x 1100mm, 1200 x 1000mm, 1100 x 825 mm, 1100 x 320mm e de 1100 x 1650mm. As normas técnicas internacionais ISO (International Organization for Standardization) propõem as dimensões de 800 x 1200mm, 1000 x 1200mm, 1140 x 1140mm e para os contêineres série 2, paletes de 1200 x 1200mm (BERTAGLIA apud LEANDRO, 2006, p.23).
 
São vários os materiais que são utilizados para a fabricação dos paletes. Os autores se limitaram aos paletes feitos de madeira, pois a proposta inicial deste trabalho tem co-relação com o processo logístico utilizado pelo setor de comércio exterior, propiciando a reutilização dos paletes desse material.
 
O processo de utilização de madeiras em embalagens e paletes obedece a uma prática tradicional, tendo a disponibilidade de determinadas espécies na região ou proximidades como o principal critério de especificação. 
 
Para Sobral (2006), a especificação da madeira por suas propriedades relevantes, como a resistência à flexão, à compressão ou ao choque, independentemente da identificação das espécies, é tecnicamente a melhor forma de controlar a qualidade do material pretendido, além, naturalmente, das especificações dimensionais, de teor de umidade e de limitação de defeitos das peças.
 
Quanto à decisão para a escolha da madeira, O autor recomenda a utilização das reflorestadas, devido à uniformidade das mesmas, mantendo-se dessa forma um padrão da característica física do palete. O Governo Brasileiro incentivou na década de 1960 o reflorestamento das regiões Sul e Sudeste de madeiras de gêneros Pinus e Eucalipto, entre outras. Essas madeiras são muito indicadas para produção de paletes e embalagens, justamente devido à estas especificações, que vão influenciar diretamente no tipo de utilização a que se destinará o palete.

O Pinus possui uma resistência relativamente baixa devendo ser utilizado para a vedação, enquanto o Eucalipto, por ser uma madeira dura e resistente, deve ser usado como parte estrutural (SOBRAL, 2006).
 
A Norma Internacional de Medida Fitossanitária – NIMF nº. 7 15, editada pela FAO em março de 2002, estabelece diretrizes para a certificação fitossanitária de embalagens, suportes e material de acomodação confeccionados em madeira e utilizados no comércio internacional para o acondicionamento de mercadorias de qualquer natureza. Trata-se de um instrumento que busca a melhor utilização dos recursos disponíveis para o acondicionamento de produtos em embalagens.
 
Os serviços prestados para dar cumprimento às Portarias (499/99, NT. 108 e 278/04), têm a finalidade de combater e impossibilitar a entrada em nosso país de pragas, principalmente “Anoplophora glabripennis”, conhecida como o besouro chinês, capaz de destruir florestas inteiras (SOBRAL, 2006).
 
Atuando de forte forma no processo de logística reversa, que nada mais é que o retorno de algum bem envolvido no fluxo da logística, os paletes se inserem neste contexto a partir do momento em que organizações de diversos ramos os utilizam para melhor armazenar e locomover suas mercadorias. Valendo-se de uma praticidade singular, a utilização deste tipo de ferramenta tem contribuído em grande parte dos processos logísticos, principalmente em empresas voltadas ao comercio exterior, que não utilizam necessariamente o retorno dos paletes enviados aos seus pátios. 
  
Neste contexto, a movimentação de cargas unitizadas tem importante papel no trato do produto em sua movimentação. Os paletes são importantes ferramentas na busca por este correto manuseio, pois são passiveis de atender à diversos tipos de movimentações e cargas, bem como alocar adequadamente uma infinidade de itens, com características diversas, o que confere à empresa o diferencial da diversificação, tão almejado pelo mercado.
 
Com a utilização de madeiras advindas de reflorestamento, pode-se atender à pelo menos duas vertentes extremamente importantes neste processo. Uma remete diretamente à imagens de empresa ecologicamente responsável, titulo de extrema importância em um mercado que dá cada vez mais valor à ações sustentáveis e que não agridam ao meio ambiente. O segundo aduz às características deste tipo de madeira, que pode ser moldado à espelho da utilização do transporte/armazenamento, uma vez que, conforme os autores citados, a madeira reflorestada sai na frente em quesitos como padronização e diversificação na utilização.



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