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Hora de refletir sobre a exclusividade afetiva
(Patricia Rocha)

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A psicanalista carioca de 62 anos Regina Navarro dedica boa parte do tempo a dizer o que muitos não querem ouvir. Há anos vem repedindo, por exemplo, que o casamento monogâmico está em vias de extinção – para o horror dos mais conservadores. Seus dois livros mais recentes, porem mostram que protegida pelo anonimato da internet milhares de pessoas admitem pensar como ela. As convicções dela, baseadas em sua experiência de vida e de consultório, encontraram eco na interação com internautas pelo o site Cama na rede, com enquetes e depoimentos, e Se Eu Fosse Você, em que internautas comentam situações expostas por outros internautas. Nas 50 perguntas reunidas em A Cama na Rede, boa parte das respostas anônimas corrobora a tese defendida por Regina – de que o pacto de fidelidade sexual funciona para poucos e que as pessoas deveriam descolar a idéia de amor e posse. Ou, como ela resumiu “Um casamento pode ser bom. Para isso a maioria vai ter que reformular antigos conceitos, principalmente o de exclusividade” A autora do Best-seller A cama na Varanda (1997) parte da premissa de que o mito do amor romântico, que rege as relações ancorado na idéia de duas metades que se completam e se bastam, é incompatível como os desejos e diferentes necessidades de cada um gera frustrações. E os internautas a municiaram de mais argumentos: por exemplo, à pergunta sobre se o casamento é o melhor caminho para a vida a dois, 80% disseram que “não”. Assim como a maioria admitiu já ter sido infiel, sentir que o tesão pelo parceiro diminui com o tempo e julgar que é possível viver bem com vários parceiros sexuais. Ainda que os números e depoimentos impressionem, uma ressalva: não se trata de uma metodologia cientifica. Apesar de o subtítulo de a A cama na Rede ser “O que os brasileiros pensam sobre Amor e Sexo”, o terapeuta sexual e diretor do Instituto Paulista de Sexualidade, Oswaldo Rodrigues jr., pondera que os resultados de uma enquete virtual não podem ser generalizados, uma vez que resumem ao universo dos internautas que visitaram o site em questão. Mas destaca que nas respostas compiladas há um debate a ser iniciado. Ela não é a única nem a primeira a defender a necessidade de buscar outros arranjos amorosos – segue a tradição de pensadores que questionam comportamentos e convenções como uma construção, histórica, social e cultural, inclusive o ícone Simone Beauvoir.  



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