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A aventura da Reportagem
(Gilberto Dimenstein – Ricardo Kotsho)

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Na introdução o livro relata que para muitos jornalistas, a profissão se resume em uma editoria, em uma sala de redação, sendo que, isto é muito relativo, se a função do jornalista é buscar a verdade, dificilmente conseguiremos abordar todos os ângulos sentados da cadeira em frente ao computador, exercer a profissão é muito mais amplo, é praticar a observação direta, participativa, realização de coletas, análises, jornalismo é o repórter como testemunha do que está acontecendo, portanto, o jornalista deve estar nas praças, nos jogos de futebol, nas ruas, sempre onde ele presencie os fatos e personagens, ou seja, onde menos ele vai conseguir retratar os fatos de uma forma imparcial e correta será nas salas de redações, nestas, ele somente deverá redigir suas matérias.O livro é divido em duas abordagens, por Gilberto, ele retrata suas experiências no mundo da política, investigações nos porões do poder, onde para ele, mesmo sendo tema preferencial de suas reportagens, tira água podre de montão dessa pedra.Ele aborda o jornalista como alvo de tiroteio, quando exerce a imprensa critica, dando como exemplo a Folha de São Paulo que em 1989, nas eleições presidenciáveis, foi criticada por todos os candidatos por suspeita de complôs. Para Dimenstein, na política, os jornalistas são alvos de muitas armadilhas, até mesmo por suas fontes, que muitas vezes podem fornecer boatos ao invés de fatos, especulações travestidas de informações, entretanto, ele não aplica isso apenas aos “focas”, mas também aos veteranos, o primeiro erra pelo deslumbramento e pela pressa, já o segundo, pelo tédio, achando que já viu de tudo. Outro problema com relação à fonte neste setor, é que muitas vezes o jornalista fica preso ao off, com uma noticia que se verdadeira e publicada, daria muitos créditos ao jornalista, e se falsa, publicada, mancharia a carreira, já que a responsabilidade de publicação de informações de uma fonte off, é de parte do jornalista/jornal. Ele lembra também que é impossível neste ramo não ser atingido por algum deslize. Ele cita dois fatores que podem ocasionar deslizes, um é a falta de conhecimentos básicos por parte dos repórteres sobre a história do Brasil, pois fatos históricos justificam e explicam muitas passagens recentes; outro fator se dá pela própria índole do jornalista, ou como em qualquer outra profissão, como cita por Antonio Carlos Magalhães “ sobre a arte de buscar notícias: há dois tipos de jornalistas, os que gostam de dinheiro e os que gostam de informações. Nunca se deve oferecer dinheiro aos que querem informação, e nem informação aos que querem dinheiro”. Vale lembrar que quando o poder e a imprensa se dão muito bem, o leitor se dá mal. Gilberto salienta que para um bom jornalista, o jornalismo sério não deve invadir a vida privada dos candidatos, somente se isto interferir na administração pública.Na segunda parte do livro Ricardo Kotsho especializou-se em contar as histórias dos anônimos, das pessoas e dos lugares que raramente entram em jornais, rádios e televisões.Para ele, a função do jornalista é bem clara, separar mentira da verdade.Ele conta sobre suas experiências em jornais, coberturas especiais e até mesmo da crise vivenciada pelos jornais, na censura, corte de gastos. Mas o fato mais interessante é a questão de sua experiência como enviado especial, onde ele relata suas experiências em outros países, e diz ser muito mais fácil exercer o seu trabalho, pois quando se está em outro lugar, somos mais imparciais, se é que podemos usar este termo, já que jornalistas devem seguir este critério sempre, mas para Ricardo cobrir reportagens no próprio país é no mínimo “sofredor”, pois é impossível num país de tantos contraste como no Brasil, de tantas dificuldades, fica difícil não chorar e rir com esse povo.Hoje ele prefere escrever histórias com finais felizes, mesmo que estas muitas vezes só existam na ficção.



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