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Um Mundo sem Empregos
(William Bridges)

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Analisando o livro “Um Mundo sem Empregos” percebe-se que há uma crescente diminuição da oferta de vagas no mercado de trabalho. Este século se inicia com um declínio do nível de empregos e uma drástica redução do poder aquisitivo da população mundial. Uma das principais tendências apontadas pelo estudo é o uso cada vez maior de sistemas inteligentes dentro das empresas. Esta nova fase é o resultado do surgimento de novas tecnologias que vão substituindo as atividades anteriormente efetuadas por seres humanos.
Atualmente existem cerca de um bilhão de pessoas desempregadas em todo mundo e sem perspectiva de se adequarem ao novo perfil exigido pelas organizações. Ter um emprego, para Bridges, é hoje uma questão de mercado. Um mercado que não tem fronteiras onde há relação de trocas. Mercados modelam comportamentos e atitudes, da mesma forma que as organizações o fazem. Definem coisas em termos de seu valor de troca, as regras do mercado definem como todas as partes envolvidas no intercâmbio podem satisfazer melhor as suas necessidades e atingir seus objetivos.
Podemos notar que a incorporação tecnológica e robótica nos processos produtivos contribuem crescentemente para o desemprego de caráter estrutural e o desmantelamento dos direitos trabalhistas e sociais, afetando diretamente os trabalhadores.
O novo mercado faz desaparecer profissões, boa parte dos trabalhos braçais não necessitam mais de mão-de-obra. Máquinas são o novo proletariado, não há desemprego, o que está desaparecendo é o emprego. A pessoa não está desempregada, a profissão dela é que acabou.
“O que está desaparecendo hoje não é apenas um certo número de empregos, ou empregos de certas áreas econômicas, ou empregos de alguma parte do país(...)O que está desaparecendo é a coisa em si: o emprego”.
(William Bridges)

Com a falta de empregos, os processos de recrutamento e seleção serão muito mais rigorosos. Isso vai exigir um profissional com formação mais sólida, pois a complexidade das informações que terão de ser avaliadas por este profissional não diminuirão. O novo profissional, afirma Bridges, deverá “comercializar-se” ao empregador, pois seus talentos nada mais serão do que mercadorias. Este deve se comportar como um empreendedor de sua própria carreira. Técnicas de Marketing pessoal, assim como Marketing de produtos, incluindo propaganda serão as ferramentas indispensáveis para uma boa apresentação.

Para Bridges a estabilidade no emprego como se conhece hoje, não mais existirá. O funcionário estará empregado enquanto for necessário em sua função. Quando não mais o for, a estabilidade se quebrará tornando o empregado descartável. Essa teoria contrapõe-se às expectativas futuras quanto ao trabalho: de acordo com uma pesquisa feita pela PricewaterhouseCoopers (PwC) com 2.739 recém-formados da China, do Reino Unido e dos Estados unidos, 78,4% acreditam que terão no máximo 5 empregadores em suas trajetórias profissionais, o que indica que estabilidade e segurança são aspectos valorizados.
Este conceito está se redefinindo. A estabilidade residirá na pessoa, no rol de suas competências, e não no cargo ou posição ocupada. Para encontrar segurança no emprego tornar-se-á necessário o desenvolvimento de três características como profissional: Empregabilidade, Mentalidade de Fornecedor e Elasticidade.
A estabilidade virá do profissional que tiver capacidade de adequar-se às novas exigências do futuro e conseguir acompanhar as constantes mudanças do mercado. A postura de empregado tradicional e leal já não será mais vantagem. A perspectiva é que ele pare de pensar como um empregado e se porte como um fornecedor externo que foi contratado para realizar uma tarefa específica. É a quebra de paradigma na relação empregado e empregador, o funcionário deixa de ter um patrão e passa a ter um cliente. A idéia é que o profissional se torne atraente aos empregadores naquele momento.
“Hábitos de empregado comum colocarão o trabalhador em dificuldades, ao passo que o trabalhador com mentalidade de fornecedor tem uma grande vantagem (…) Mas a boa notícia é o reverso da má notícia: toda mudança cria novas necessidades. Se tudo o que você vê são más notícias, a mudança vai ser sua inimiga”.
(William Bridges)

O funcionário ideal será aquele capaz de enfrentar crises e recuperar-se rápido de decepções. Deverá ser maleável à realidade e às mudanças que se sucederem. As organizações de hoje operam num ambiente tão turbulento que nenhum arranjo lhes serve por muito tempo.
As empresas também deverão adaptar-se às mudanças nas relações de trabalho, precisam incorporar a gestão de mudanças em sua estrutura. A dificuldade é que o emprego está se mostrando parte do problema, não parte da solução. “Esse pacotinho de responsabilidade (a descrição do cargo), recompensado de acordo com uma forma fixa (escala salarial) e uma única relação de subordinação (lugar na cadeia de comando) é o que atrapalha a mudança” (Bridges, 1995:32).
O sucesso das empresas virá da transferência de tarefas, mesmo que importantes, a trabalhadores sob contratos temporários, o que pode significar o fim dos empregos como conhecemos, mas ao mesmo tempo, o surgimento de uma nova identidade do trabalho.



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