Liberdade em Aristóteles e Santo Agostinho
(Amauri Nolasco Sanches Junior; Marley Cristina Felix Rodrigues)
Quando dizemos que a liberdade é importante, isso sempre causou um certo facinio dentro do pensar humano em todos os tempos. Tanto os antigos gregos, quanto nós hoje, é considerada como um fim de muita valia e que dá ao ser humano (supostamente), a autonomia do escolha de suas atitudes. Isso não só como individuo que somos, mas de uma maneira muito mais ampla como membros de um Estado. Para enteder Aristóteles (384-322 a.c.), é preciso enteder um pouco o que o grego tem como liberdade que é um pouco diferente do que entendermos hoje. Os gregos tinham como liberdade a condição no qual o Estado e o individuo era autonomo por si mesmo, ou seja, ele (o Estado e o individuo), não é dependente da vontade e nem e nem precise do auxilio do outro para qualquer cousa. Isso tem a ver com condições tanto politicas, como éticas, aquilo que se reconhecia como obrigatório para si. Seria um "basta a a si mesmo", sem precisar dos outros. Para isso tinha-se como pensamento o termo eudaimonia e autarcia, pois o primeiro termo, visava a felicidade e a satisfação fazendo o melhor para os demais seres humanos (sempre com um daimon, erroneamente traduzido por demônio, que seria um espirito protetor que guia os homens justos). E o segundo como uma condição de uma sociedade, que se basta por si mesma, mesmo em termos econômicos. Tanto que para os gregos, ter um império como os romanos era uma coisa estranha para eles, porque um Estado poderia bastar econômicamente a si mesmo com seus escravos e seus trabalhadores. Isso para Aristóteles, era um ambiente comum e realmente, um conceito da época. Ter escravos nesse tempo, era o mesmo de ter um premio de guerra e para o filósofo, era uma coisa muito comum. Eudaimonia para ele, era uma maneira e abarcava além a perfeição da alma, mas também o corpo e as realidades exteriores, Esse conceito (ou atitude) era alcançada quando os três bens, em grande parte, estão juntos. E a autarcia, é um ideal é a necessidade da amizade, pois só a divindade poderia satisfazer a reflexão de si mesmo proposta ao preceito délfico "conheça te a ti mesmo", o ser humano, só consegue fazer isso fraguimentamente. Porque reconhece no "espelho" do outro, pois no meio da sua eudaimonia, precisa da presença do outro que de forma indireta, sendo em vista sua eudaimonia a sua propria. Isso implicaria que não era possivel o ser humano ter uma verdadeira autarcia perfeita, igual a deus (esse "deus" era a divindade da época), já que existe uma diferencia de sua natureza. Pois o individuo, é apenas uma parte do TODO abrangente e ele - o ser humano - tem que compreender a si próprio para pensar como um todo no Estado. Porque o individuo sempre vai ser obrigado a escolher uma autarcia que, em ultima analise, depende de uma divindade e uma referencia ao Estado e a socieddade. A guerra era importante porque era uma escravidão por natureza, e é em ultima analise, não tem justificação. E é legtimada pelo fato de que há homens que são pouco dotados por natureza e são incapazes de achar a eudaimonia. Por isso estão, não estão em situação de dar de si próprios de forma independente e por decisão livre. São dependentes de um outro, espiritualmente dotado, que lhe diz como fazer e o que fazer sua opção. Mas Aristóteles dizia que a escravidão era digna por haver homens que sabiam e outros não e esses que não tinham conhecimento (o saber moral e filosófico), não poderia trazer consigo uma eudaimonia digna de tomar suas próprias decisões. Isso Aristóteles herdaria do seu mestre Platão e faria algumas modificações. O ser humano só pode ser feliz em sociedade e que a amizade é importante para sua eudaimonia, mas o ser humano com um certo poder e um certo conhecimento. Mais tarde, com um homem que desfrutou de todas as libertinagens e era amante da filosofia, viria a ser o maior sábio da igreja cristã. Santo Agostinho nasce em Tagaste em 354 no dia 13 de novembro (quase mil anos após Aristóteles) e morre em Hipona no dia 28 de agosto de 430 depois de Cristo. Alguns biografos de filosofia, o chamam de Agostinho de Hipona por ele ter sido um bispo da cidade de Hipona e ser o pensador que criou alguns dogmas filosoficos na religião cristã. Foi teologo, filosofo e escritor, foi uns que colocou em suas Confissões o problema da liberdade. Para ele, a liberdade era tida como uma verdade que o importante é achar a importancia do sentido da existência da vida humana. Sabia disso, porque testou suas próprias escolhas e fez o que "achou" que era importante para sua vida. E chegou a conclusão lendo Paulo aos romanos 13; 13-14, que o verdadeiro bem era era encontrar Deus e e um livre investigação interior. Pois a primeira liberdade é de procurar e depois, talvez, chegar ao seu se conhecer próprio e ai, se encontrar. Daí nesse conhecer é encontrar Deus e encontrar a liberdade como atitudes para o bem, sempre fazendo o bem. Diferente de Aristóteles, Santo Agostinho não tem a opinião que não podemos encontrar a felicidade (eudaimonia) e sermos depenente do outro nesta questão e a verdadeira liberdade é, encontrar e fazer o bem, como Socrates ensinou e Platão propagou.
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