UM FALECIMENTO OU UM COMEÇO
Os cachorros que latem na noite sem luar, lamentando o inauspicioso da ocasião, são como se para provar a veracidade dos gritos intuitivos deles, a ira vertesse sobre a cidade adormecida; tremores de dança da morte, explodindo, com a vitalidade da força de raios persuasivos que cambalhotam no interior da terra.
Em segundos, forma-se um cemitério. É como aumentar o efeito de uma vela de aniversário, queimando muitas estrelas. Às vezes, entretanto, morte e desastre podem ser naturalmente tão fascinantes como dar finalidade às suas cores.
Foi achado escasso, e se deu um ultimato a Deus que talvez fosse, assim, desadvertidamente estourar e derramar excesso no desfiladeiro vermelho.
Sobreviventes que amaldiçoam o destino, pelo denominado bom visual; os sonhos abandonados, desejos? Abandono do amado? Iludindo a aceitação da realidade, o pesar opressivo, a forma mais alta de renúncia, um final para alguns... Para outros, um prelúdio para um novo começo?
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