Ética Empresarial 
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Com a clara intenção de evitar a desintegração da organização, tornase
 imperativo entender alguns significados mais profundos da ética e sua
 relação direta com o mundo dos negócios. Em geral, as opiniões das pessoas
 sobre a ética tendem a ser absolutas ou incondicionais. Sem muita reflexão
 tende-se a definir ética basicamente como .fazer o bem.. Qualquer ação que
 se distancie de tal perspectiva é imediatamente caracterizada como .má. e, em
 função disso, .anti-ética.. Assim, a relação entre senso comum e ética é uma
 relação marcada pela unilateralidade, uma vez que ética é caracterizada de
 forma irrestrita e unidimensional.
 Hoje o debate sobre a ética é cada vez mais intenso e distante da
 unilateralidade do senso comum. Marxistas, cristãos, empresários e
 existencialistas debatem em conjunto questões relativas ao que é bom e o que é
 mau na conduta humana.
 A tensão permanente entre .valores universais. e .valores individuais.
 é a tônica da investigação ética. Sendo assim, pode-se definir a ética a partir de
 uma reflexão, da busca de uma teoria sobre a conduta humana. A investigação
 ética, além de visar ao estabelecimento de conceitos sobre o comportamento
 moral dos seres humanos, pode ser entendida a partir do seguinte princípio:
 toda decisão que implicar danos ou prejuízos diversos aos outros não pode
 ser considerada ética. Nos termos expressos, a ética não pode apresentar-se
 como ameaça ou como .aquilo que as pessoas, empresas ou governos jamais
 fariam se não fossem obrigadas.. Se aceitarmos estas percepções negativas  
 da ética como verdadeiras, estaremos negando sua dimensão civilizatória.
 Estaremos negando que o sucesso tanto das nações quanto das organizações
 diversas tem como pano de fundo a ética; a ação responsável em termos não
 apenas econômicos, mas principalmente socioambientais, é o sustentáculo de
 uma grande organização.
 Na perspectiva de Weber, a dimensão ética relacionada às crenças
 íntimas é de pouco proveito e, em certos casos, até prejudicial às tomadas de
 decisões.
 Na formulação de Weber, a ética da convicção, por derivar de uma ética
 religiosa, busca inspiração, autoridade e legitimidade no passado, ao passo
 que a ética da responsabilidade legitima-se e se orienta para o futuro. Em
 outras palavras, trata-se do confronto clássico entre tradição e modernidade.
 Enquanto a ética da convicção tem seus fundamentos muito mais fincados
 nas tradições passadas e internalizadas pelo indivíduos como se fossem suas,
 a ética da responsabilidade busca sustentação no futuro prometido pelo
 humanismo antropocêntrico do período renascentista. A diferença
 fundamental é que a ética da responsabilidade induz o homem a se reposicionar
 diante de suas próprias decisões, não cabendo remeter aos outros a
 responsabilidade futura pelos seus atos. 
 
  
 
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