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Pavor ou Susto
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Reação a uma situação conflitiva, de perigo, a estímulos externos muito intensos que surpreendem o sujeito, num tal estado de não preparação que ele não é capaz de dominá-los pelo campo racional nem de se proteger.


Em “Além do princípio do prazer, 1920”, Freud propõe a seguinte distinção: “Pavor, medo, angústia, são termos que é errado empregar como sinônimos; a sua relação com o perigo permite realmente diferenciá-los. O termo ‘angústia’ designa um estado caracterizado pela expectativa do perigo, do desagradável e a preparação para ele, ainda que seja desconhecido. O termo ‘medo’ supõe uma ameaça ligada a um objeto presente, definido e que se teme. Quanto ao termo ‘pavor ou susto’, designa o estado que surge quando se cai numa situação perigosa sem que se esteja preparado
racionalmente para ela; acentuando-se o fator surpresa.” Entre pavor e angústia, a diferença está no fato de o primeiro se caracterizar pela não-preparação racional para o perigo, enquanto “... na angústia há alguma coisa que, emocionalmente, avisa o indivíduo sobre algo desagradável que já aconteceu ou
que poderá acontecer, evitando assim, a instalação do pavor”. Neste sentido que Freud vê no pavor ou susto uma condição determinante da neurose traumática, que às vezes até é designada por neurose de pavor.

Não devemos nos espantar, portanto, ao vermos a noção de pavor desempenhar um papel importante desde o período em que se constituiu a concepção traumática da neurose. Nas primeiras elaborações teóricas de Breuer e Freud, o afeto de pavor é designado como uma condição que paralisa a vida psíquica, impede a abreação e favorece a formação de um “grupo psíquico patogênico”. Quando Freud, nos anos de 1895-1897, tenta formular uma primeira teoria do traumatismo e do recalque sexual, a noção de uma não-preparação do sujeito é essencial, quer na ocasião da “cena de sedução” que ocorra antes da puberdade, quer quando da evolução dessa cena, num segundo momento (a posteriori). O “susto sexual” poderá produzir a repressão da sexualidade futura na vida do sujeito.

A oposição que Freud tentara estabelecer entre os termos angústia e pavor vai ser reencontrada, mas sob a forma de diferenciações dentro da noção de angústia, notadamente na oposição entre uma angústia que surge “automaticamente” numa situação traumática e o sinal de angústia que implica uma atitude de ativa expectativa que protege o indivíduo contra o desenvolvimento da angústia: “A angústia é a reação emocional decorrente do estado de desamparo no traumatismo e é reproduzida mais tarde nas novas situações de perigo, como sinal de alarme.”



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