Ao zunir dos ribombantes arrebentos
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Ao zunir dos ribombantes arrebentosAo zunir da voz do velho e forte ventoVai minh’alma aos confins do firmamento.Para aonde irá essa minha vaga?Quiçá, infante a um vil convento;Ao relento arreliento dessa sagaA molhar algum rés de sarmentoReferta do mais impuro lamento.O amor divinizável a mim me flagra.Eis o meu destino de velho meninoIndo aportar celestino a outra plaga.Nada mais me importa aqui na terra:Mocidade, vaidade, grana e truculênciaNa hipocrisia de salvar as aparências.Ao sabor da vida a qual se encerra.Sonhos; já os cultivei,Agora que seja a sua vez.Viver é bom pra se aprender, E acordar pra se arrepender.Poetar não é só falar de flor;É ser valente com intrepidez.Nesta vida existe a dor. Para se dar o devido valorDe tudo aquilo que aqui se fez.Poetas já se lastimaram à Jó no calor do infernoNo calar da paixão-amor e no calar do inverno.Castro Alves com o seu Calcanhar de Aquiles.E ao grande Camões; que o seu olho brilhe.Pero de Caminha à Drummond com sua pedraTremendão comendo poeira à beira do caminho.Enquanto o rei oferecia-lhe Detalhes de carinho.Nesta bela vida à frágil vidro que a todos medra.Apesar dos pesares a vida é bela.jbcampos
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