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Sentimento de Culpa
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Expressão utilizada na psicanálise numa acepção ampla. Pode designar um estado de afeto, angustiante (frente ao desagradável), de recriminações e condenações internas, decorrentes de um ato em que o sujeito considera repreensível (ideal de ego). Pode, ainda, se apresentar como um sentimento difuso de indignidade pessoal, sem relação com um ato determinado de que o sujeito se acuse, mas decorrente de pensamentos, fantasias e desejos não aceitos pelo superego/ideal de ego.

Por outro lado, é postulado pela análise como sistema de motivações inconscientes que explica comportamentos de fracasso, algumas condutas delinquentes de auto-punição (masoquistas) e sofrimentos que o indivíduo aflige a si mesmo por atos que não encontraram seu auto-perdão.

O sentimento de culpa foi descoberto na neurose obsessiva, sob a forma de auto-recriminações, das idéias obsedantes contra as quais o sujeito luta, porque elas lhe surgem como repreensíveis, e por fim sob a forma de vergonha ligada às próprias medidas de proteção. O sentimento de culpa, muitas vezes, é parcialmente inconsciente, quando a natureza real dos desejos em jogo (agressivos e sexuais, particularmente), não é conhecido pelo sujeito (é inconsciente).

O estudo psicanalítico da melancolia (depressão) resultaria numa teoria mais elaborada do sentimento de culpa. Sabe-se que esta afecção apresenta comportamentos de auto-acusações , uma auto-depreciação, uma tendência para a autopunição que pode levar até ao suicídio, geralmente acompanhada de quadros de melancolia, pela perda de provisões narcísicas de segurança e reconhecimento. Freud mostra que existe aqui uma verdadeira clivagem do ego entre acusador (superego) e acusado (ego masoquista), clivagem que, por um processo de interiorização, resulta também de uma relação inter-subjetiva (entre as pessoas) conflitiva, devido à perda constante de auto-estima, pela menos valia que o indivíduo desenvolve a respeito de si mesmo (RAMEN).

Com efeito, a diferenciação do superego como instância crítica e punitiva para o ego introduz a culpa como relação inter-sistêmica no seio do aparelho psíquico. A expressão inadequada "sentimento de culpa inconsciente" é decorrente de uma ausência de culpa consciente, mas os sintomas decorrentes da culpa seriam notados como distonias emocionais: angústia, tensões, insônia, alterações do batimento cardíaco (taquicardias). Em certos delinquentes, existe um poderoso sentimento de culpa recalcado, forçando-o muitas vezes a buscar punição externa pela prisão, gerando um alívio psíquico poder ligar este sentimento inconsciente de culpa recalcado a algo real e atual.  



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