Ambivalência
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Presença simultânea, na relação com um mesmo objeto, de tendências, de atitudes e de sentimentos opostos, fundamentalmente de amor e ódio, de fazer algo por desejar e ao mesmo tempo não fazer por temer. Freud emprestou o termo "ambivalência" de Bleuler, que o criou. Para Bleuler, a ambivalência é um sintoma preponderante da esquizofrenia, mas ele reconhece a existência de uma ambivalência normal em todos os indivíduos: desejo X restrições.
A noção de ambivalência reside, por um lado, na manutenção de uma oposição do tipo sim - não, em que a afirmação e a negação são simultâneas e indissociáveis; e por outro lado, no fato de que essa oposição fundamental pode ser encontrada em diversos setores da vida psíquica: afetiva, sexual, econômica e etc.
O termo ambivalência é muitas vezes utilizado na psicanálise com uma acepção muito ampla. Pode, efetivamente, servir para designar as ações e os sentimentos resultantes de um conflito defensivo, em que entram em jogo motivações incompatíveis, visto que aquilo que é agradável para um sistema é desagradável para o outro. Pode-se qualificar como ambivalente qualquer "formação de compromisso" entre o ego, o id e o superego (sonhos, atos falhos, deformações). Mas o termo ambivalência pode então conotar todas as espécies de atitudes conflitivas, de maneira vaga.
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