Formação do Ser como Social
(Vários)
A importância da genética para a formação do ser como social é referida por Leyens (1994). Esta ideia é reforçada por Pikunas (1979) que considera muito importante para a formação do indivíduo e seu relacionamento com o meio a sua herança genética, que lhe confere o modo de socialização e a formação da identidade, para além das influências que lhe são exercidas pelo exterior. Estes dois aspectos actuam em conjunto determinando o crescimento e o comportamento de cada indivíduo. O autor refere o importante papel da mãe no processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança, e de facto vamos encontrar nos trabalhos realizados por René Spitz (1979) que apesar de a criança ter um meio sócio – cultural envolvente de que fazem parte os parentes e outros que a influenciam emocionalmente, as grandes influências são-lhe transmitidas pela mãe ou seu substituto. Nesta primeira relação se basearão todas as posteriores.Também Helen Bee (1977, p. 68) reforça algumas ideias expostas por Philippe Leyens; crianças mais estimuladas socialmente têm um melhor desenvolvimento, sendo a boa relação com os pais muito importante neste aspecto. Pelo contrário, ambientes empobrecidos impedem o desenvolvimento do indivíduo a vários níveis.As diferentes situações sociais, culturais e geográficas) modelam o comportamento dos indivíduos. Em 1960, Bandura (abordado por Gonçalves, 1990) desenvolveu a teoria da aprendizagem social, a qual aparece como um importante paradigma de transição entre as perspectivas comportamentais e as perspectivas cognitivas, contribuindo ainda mais para a visão de que todo o indivíduo é um organismo processador de informações, recebendo estímulos, gerando apreciações e comportamentos. Na teoria cognitivo-comportamental a cognição é entendida como um processo interactivo e integrado no qual emoções, pensamentos e ambiente são capazes de se influenciar continuadamente. Com base neste processo cognitivo, o indivíduo interpreta os acontecimentos tanto internos como externos. A distorção desta interacção leva os indivíduos a desenvolverem esquemas e crenças a respeito de si próprios, dos factos da sua vida e a produzirem padrões de pensamento e comportamentos automáticos não desejáveis (Gonçalves, 1993).Referências BibliográficasBee, Helen.(1977). A criança em desenvolvimento. São Paulo: Harbra.Gonçalves, O. (1990). Terapia Comportamental. Porto: Jornal de Psicologia.Gonçalves, O. (1993). Terapias Cognitivas. Porto: Edições Afrontamento.Leyens, Jacques. (1994). Psicologia Social. Lisboa: Edições 70.Pikunas, J. (1979). Desenvolvimento Humano. S. Paulo: McGraw-Hill do Brasil.Spitz, R. (1979). O primeiro ano de vida. São Paulo: Martins Fontes Editora.
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