O heterônimo tropical
(Isaias Carvalho)
“O que deixaste para eu dizer, Pessoa?”. Esse é o verso inicial do poema de abertura do conto “O heterônimo tropical”, de Isaias Carvalho (1999; ver link abaixo). Ou seria de outro, como o verso final do mesmo poema indica: “(Este heterônimo tardio, abandonado e duvidoso)”. Dos inúmeros heterônimos criados pelo poeta português Fernando Pessoa, há esse que teria se extraviado e teria vindo parar nos trópicos. Mas não tem nome. É apenas o heterônimo tropical, ébrio a escrever em um bar de uma cidade do litoral brasileiro. O encontro entre o narrador do conto e o chamado heterônimo tropical termina com um jogo de espelhos, como indica o parágrafo final do conto: “Desolado, percebi um espelho naquele canto privilegiado do bar. Nunca o vira antes, mas me asseguraram que ele sempre estivera ali”. Para além das implicações psicanalíticas, vale a pena conferir o conto completo. Link: https://sites.google.com/site/estesinversos/heteronimo-tropical
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