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Onda DE MUDANÇAS NO MUNDO ÁRABE
(Correspondentes de ''El País'' (G.Hignerros/E.Gonzáles/N.Tsenón) e outros)

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África do Norte ou “Djezira el Magreb” – “Ilha do Poente” – é uma faixa de terras altas, de mais de 2.000 km de extensão, limitada  pelo Mediterrâneo ao norte e leste, pelo deserto do Saara ao sul, e o Atlântico a oeste.
A região está dividida entre o Egito, a Líbia, Tunísia, Argélia e Marrocos. A região inóspita em sua maior parte teve o território ocupado por tribos com dialetos diferentes, por muito tempo. Os árabes se estabeleceram na região a partir do séc. VII e se misturaram aos povos locais (berberes). Com a chegada dos franceses na Argélia em 1830, na Tunísia em 1881 e ao Marrocos (1912) ocorreram muitas modificações na ocupação do solo, introdução de novas culturas, industrialização,  extrativismo mineral, construção de ferrovias e portos. A partilha da África do Norte pelos europeus iniciou-se com  a França na Argélia expandindo-se para o Marrocos e a Tunísia. A Argélia foi a que  sofreu maiores transformações. Tornou-se independente em 1962. A Tunísia,  menor país da região foi protetorado francês. Marrocos - império governado por um sultão, também foi protetorado francês (1912/56).
A Líbia foi território turco e posteriormente possessão italiana de 1912/46. Atualmente é o Reino Unido da Líbia. O Egito, em 1882 foi dominado pela Inglaterra, por ter-se tornado um ponto estratégico importante após a abertura do canal de Suez (1869). Os projetos de grandes realizações pelo governo levaram o país a um endividamento e perda de soberania financeira, passando a ser controlada pela França e Inglaterra. O então vice-rei egípcio, Ismail, foi destituído e substituído pelo seu filho Thewrik. A partir dessa data teve início o espírito de nacionalismo e anticolonialismo entre o povo e os militares. As revoltas que se seguiram foram sufocadas por forças francesas e inglesas. Nomes de destaque na política do país: Gamal Abdel Nasser derrubou o rei Faruk (1952) e se tornou 1º Ministro do Egito; ao querer assumir o controle do Canal de Suez (1956) provocou uma crise; perdeu a guerra dos Seis Dias contra Israel; declarou a independência do Egito em 18 de junho de 1956. Foi substituido por Anwar Al Sadat em 1970; teve papel relevante na história regional; assinou o tratado de paz com Israel em 1978; suas posições desagradaram alguns setores do mundo árabe, levando a expulsão do Egito da Liga Árabe (1979). Foi assassinado, e Hosni Murabak assumiu o poder.
A REVOLUÇÃO ÁRABE NA REGIÃO – Segundo noticias internacionais e dos enviados e comentaristas do “El País” tudo teve início  em 17 de dezembro de 2010 quando um jovem tunisiano (Mohamed Buazizi) ateou fogo a si em sinal de protesto por lhe terem confiscado o carro de venda de verduras. Esse ato pessoal o transformou em mártir e um modelo. Os protestos se multiplicaram numa onda de revoltas sacudindo o mundo árabe. A situação de pobreza e a falta de liberdades básicas são compartilhadas pela grande maioria da população do Magreb e Oriente Próximo. Outros imitaram o jovem tunisiano em seus países e a onda de mal estar se propagou pela região. Os 23 anos de ditadura de Zine El Abidine Bem Ali acabaram a 14/01/2011.
A revolta que chegou ao Egito já está com duas semanas de protestos intensos. O centro do Cairo se prepara para ampla resistência até a saída do presidente Hosni Murabak – “El Pais” (07/02/2011) informa: “os jovens árabes se levantam contra os tiranos para lutar pela democracia em seus países”. E as promessas de reformas apresentadas após reunião, não conseguem aplacar a onda de protestos; o número de participantes aumenta na praça Tahrir. Sâo pessoas de todas as classes sociais. Eles procuram manter os tanques do Exército na praça para garantir-se contra novos ataques por parte de partidários do governo. A palavra de ordem é: -“Vá! Murabak! Vá!”. Os EEUU já reconhecem que o Egito não voltará a ser o que era. A volta à normalidade não é fácil. Os Bancos abriram, mas as escolas e a bolsa continuam fechadas, seg. BBC. O vice-presidente Omar Suleimán se reuniu com uma delegação de opositores ao regime, incluindo a Irmandade Muçulmana. Entre as promessas de reformas foi oferecido ampliar a liberdade de imprensa, soltar os presos de “consciência”, uma comissão para a Reforma da Constituição, e cancelar, num futuro indeterminado o estado de excessão que vigora desde 1981. Ao final, a decepção dos participantes foi geral. O primeiro ministro afirmou que o presidente  Murabak terminaria seu mandato em setembro, após as eleições. Sem grandes compromissos as propostas indicam que o governo (agora sinônimo de Exército) que a abertura será feita de forma moderada. A TV local, no entanto, mostra cenas de apoio ao presidente atribuindo a revolta a espiões e conspiradores estrangeiros.
O Egito tem 80 milhões de habitantes é governado por M. H. Murabak presidente desde 1981, quando o seu antecessor Anwar Al Sadat foi assassinado. O país vive uma situação de pobreza desejosa de mudanças. 90% da população é muçulmana (islã sunita); embora o Estado seja laico. Dentro da região, o Egito tem posição de destaque, ocupando parte da península do Sinai, e tem contribuído para manter um equilíbrio de forças na região com  apoio dos EEUU. Possui antigas cidades como Alexandria e o Cairo. Sua economia está relacionada ao turismo e ao petróleo. Porém a pobreza que domina a região, e que desencadeou o  rastilho de pólvora deverá escrever um novo capítulo da história.



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