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O Movimento antropofágico
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Abaporu e o Movimento Antropofágico

A Semana de Arte Moderna aconteceu em 1922. E em 1925, o escritor Oswald de Andrade e a artista plástica Tarsila do Amaral lançam o Manifesto da Poesia Pau-Brasil, que enfatiza a necessidade de criar uma arte baseada nas características do povo brasileiro, com absorção crítica da modernidade europeia.
Em janeiro de 1928, Tarsila do Amaral pinta uma tela e dá de presente a Oswald de Andrade, seu marido, por ocasião do seu aniversário.
Nessa tela vemos um homem que aparenta sonhar com um outro mundo. Tem a pequena cabeça inclinada para a frente, está pensativo, sob um sol intenso e tropical e sentado numa planície verde, ao lado de cactos que “explodem “ em uma flor. Seus pés são gigantescos, como se a pintora nos dissesse que, para construir o futuro sonhado fosse preciso  ter os pés pesados, grudados no chão, na terra, no conhecimento das tradições.
Impressionado com o quadro, Oswald mostra-o a Raul Bopp, que valendo-se da língua Tupi, o batiza de Abaporu, que significa “aquele que come”, o antropófago. Logo após levam ao extremo essas idéias com o Manifesto Antropófago (também chamado antropofágico), que propõe "devorar" influências estrangeiras para impor o caráter brasileiro à arte e à literatura.
O movimento antropofágico defendia que todas as influências culturais vindas de outros países deveriam “mastigadas” pela cultura brasileira e não somente aceitas. A cultura brasileira não precisaria imitar a arte europeia. Era preciso então redescobrir o Brasil que já existia antes do século XVI.
 O Manifesto antropófago amplia as ideias do Movimento Pau-Brasil. Passou-se, inclusive,  a defender radicalmente a valorização da língua Tupi, pertencente a vários grupos indígenas brasileiros por ocasião do descobrimento.
Leia um trecho do Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade:
“Só a antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente. Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz. Tupy or not tupy, that is the question. Foi porque nunca tivemos gramáticas, nem coleções de velhos regitais. E nunca sabemos o que era urbano, suburbano, fronteiriço e continental.”
 
Desse movimento nasce a Revista Antropofagia.



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