Resumo de A politica, uma actividade ordinaria

A politica, para que serve?! A política não será nunca nenhuma arte ou pensamento racionalA política foi e será sempre uma actividade de poder social muito aquém daquilo que se pretende da mesma.O que se pretende dos políticos governantes será uma integração, uma integridade e uma solidariedade para com os governados; tal como um sono que se ambiciona diariamente tranquilo, reconfortante e pacificante para a vida de um indivíduo, também a política deveria transmitir confiança `a totalidade da sociedade face aos desafios prioritários que todas elas têm que enfrentar, como organizações gregárias que são.Neste âmbito os políticos sempre realizaram jogos oportunistas, cínicos e egocêntricos, deixando-os muito longe do que se espera deles; e colocando-os muito perto do fracasso em que acaba por consistir quase sempre o seu projecto profissional.Paradoxalmente nunca nenhum político conseguiu interessar-se seriamente pela integração superior de todos os seus governados; quando algum esteve perto disso tomou a atitude de se libertar por si mesmo do vazio em que reconheceu ter caído, porque ninguém nasce para ser político; deixando-se permanecer, no entanto, no mesmo lugar, apesar de sentir a perda de honestidade intelectual, mais porque constata a sua falha particular na capacidade de direcção específica, e menos porque se sente pressionado pelos opositores, sempre objectivamente pré intencionados em vencê-lo, pelo fascínio que será derrubar alguém julgado virtualmente como estando num pedestal de soberba superioridade pessoal.As várias formas de decisão como são a ditadura e a democracia em nada interferem nesse interesse pela integração superior e digna de todos os governados; Por isso a política ser na prática e também uma ordinária medição de forças, cujos líderes usam uma dinâmica descarada e manhosa mais própria de disputas entre crianças, adolescentes ou mesmo mentalidades marginais, para atingirem e conservarem os seus lugares de poder, afastando-se com isso do carácter nobre que necessariamente deverá ter sempre a sua imagem pública, seja em que circunstancia for.As dinâmicas partidárias degeneram quase sempre em pequenas seitas e tendências de cumplicidade, como forma de atacar e defender adversários, destacando-se de outras lógicas de poder, dentro da própria sub organização a que pertencem, segregando-as e reduzindo-as a uma condição de maioria em estado de resignação e deriva, sem capacidade de alguma vez se levantar como outra nova força clássica determinada e determinante.Os governados olharão sempre com desconfiança antecipada para os políticos, para as ideologias e para os jogos obscuros e distantes de poder; por saberem distinguir com clareza aquilo que lhes foi ou será proposto e aquilo de que na prática beneficiam; e por considerarem por preconceito assumido de que a política será sempre uma actividade ordinária seja em que circunstância for, que não lhes suscita qualquer interesse intelectual, de carácter íntegro ou em ideal básico de ordenação pacífica colectiva.A

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