Conheça histórias curiosas de produtos e serviços do Google e Microsof
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A briga entre as grandes empresas de tecnologia não se resume a apenas cópias de patentes e processos por registro de marcas. Elas ainda têm que agradar, e muito, os consumidores. De nada adiantar lançar um produto inovador no mercado e não ter a aprovação do público. Pode parecer estranho que algo apresentado por Apple, Microsoft ou Google possa ter fracassado, mas isso tem ocorrido com frequência. No ano passado, por exemplo, pelo menos 10 produtos não caíram no gosto popular.
O Google Wave foi uma das grandes apostas de 2009, mas acabou naufragando em 2010. A plataforma tinha a intenção de unir e-mail, mensagens instantâneas, uma espécie de Wikipédia, além de funcionar como rede social. Por estar hospedado na nuvem — sem precisar de instalação no computador —, o serviço poderia ser acessado de qualquer sistema operacional. A promessa do Wave era matar o e-mail. Mas foi ele quem acabou morto. Em agosto passado, o Google decidiu que o serviço poderia ser utilizado de outra forma e em outros projetos. A verdade é que a interface do Wave era confusa e em alguns computadores era complicado utilizar o programa.
“Apesar de várias conquistas e de numerosos fãs leais, o Wave não teve a aceitação que pretendíamos. As ferramentas hoje precisam não apenas ser interessantes, mas se manterem interessantes. Para isso, deve haver reciclagem de aplicativos e funcionalidades o tempo todo. Ter plataformas prontas, que se autorreciclam”, explica Natan Sztamfater, especialista em e-commerce e internet da agência de marketing Cookie.
A empresa de buscas registra ainda dois fracassos recentes. O Google Buzz nasceu para integrar diversas redes sociais, e também funcionar como uma delas, com a vantagem de funcionar dentro do Gmail. No entanto, a ascensão rápida do Facebook e do Twitter deixaram o Buzz como coadjuvante. Além disso, problemas com relação à privacidade logo no lançamento tiraram a confiança do usuário.
Na área dos smartphones, o Nexus One — que não chegou ao Brasil — viu a sua vida útil passar em um piscar de olhos. Setes meses depois do lançamento, o Google deixou de fabricar o telefone, que vendeu apenas 150 mil unidades.
Kin e o MySpace
A Microsoft não ficou de fora e teve um dos mais comentados fracassos na área de produtos. Lançado nos Estados Unidos, o smartphone Microsoft Kin foi apresentado com toda a pompa de uma grande novidade. Os jovens estavam no foco da empresa, pois o celular apresentava recursos de tocadores de música, redes sociais integradas e um design diferenciado. No entanto, bastaram seis meses — e menos de 10 mil unidades vendidas — para que a Microsoft retirasse o aparelho do mercado.
Antes do Facebook, o MySpace dominava o cenário das redes sociais no mundo — menos no Brasil e na Índia, onde o Orkut tinha maioria. Os mais de 100 milhões de usuários cadastrados migraram para outras redes sociais. Com isso, o rumor sobre uma possível venda crescia. Após reformulação, o serviço voltou o foco para a música e passou a ser um serviço complementar ao Facebook. O fim para o MySpace veio com a declaração do CEO da empresa de que o site não era mais uma rede social.
“É preciso nessa área ter funcionalidades diversas, unindo de tudo um pouco dentro do seu mercado, como, por exemplo, o Facebook, que tem ferramentas bem parecidas com outras redes sociais, porém aperfeiçoadas. Para conseguir sucesso, especialmente no mercado de redes sociais, deve-se tirar o foco da publicidade para o usuário não se sentir abusado. As propagandas devem ser bem sutis”, ressalta Sztamfater.
História de erros
Não é de hoje que as empresas de tecnologia veem seus produtos ficarem presos na prateleira. Um dos primeiros grandes fracassos da Apple foi o lançamento do Lisa, primeiro computador pessoal da marca. O preço foi o empecilho para que o produto decolasse — quase US$ 10 mil na época. A concorrência com os modelos mais baratos da IBM também impediu o sucesso do Lisa. A Agência Espacial Norte-Americana (NASA) foi uma das únicas empresas que investiu no computador pessoal da Apple.
Já o grande desafio da Microsoft foi com o sistema operacional Windows. Pelos menos dois fracassos são contabilizados nessa plataforma: o Millennium Edition e o Vista. No primeiro, a vulnerabilidade, os frequentes erros e as temidas “telas azuis da morte” levaram o OS a ganhar o prêmio de pior produto de tecnologia de todos os tempos. O segundo sofreu com a boa fama alcançada pelo Windows XP e tentou fazer bonito. No entanto, a necessidade de um computador superpotente para a época, além de um custo maior para compra de licenças, interrompeu uma possível ascensão do produto.
A disputa entre o HD DVD e o Blu-ray acabou com a vitória do segundo. Dessa vez, uma debandada de grandes estúdios da indústria de cinema, fez com que o padrão adotado pela Toshiba fosse rapidamente substituído pelo Blu-ray. As vendas dos aparelhos com suporte a tecnologia pararam em 2008, anunciando o fim do formato.
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