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O Ritual - Critica
(Erico Borgo)

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Direção: Mikael Håfström
Roteiro: Michael Petroni, baseado no livro The Rite de Matt Baglio
Elenco: Anthony Hopkins, Colin O'Donoghue, Alice Braga, Ciarán Hinds, Toby Jones, Rutger Hauer.
 
O filme mostra um seminarista sendo enviado ao Vaticano para um curso de exorcismo. Baglio, um jornalista que conviveu com clérigos especializados no assunto,  escreveu um livro relatando as experiências do citado padre, Gary Thomas, quando a Santa Sé pretendia colocar um exorcista em cada uma de suas dioceses.
Com o nome trocado para Michael Novak e interpretado no filme por Colin O'Donoghue, o protagonista conhece na Itália um dos únicos exorcistas em atividade, o Padre Lucas, e começa assim mais um embate entre o bem e o mal, a fé e o ceticismo, a ciência e a religião.
A participação de O'Donoghue é insossa, foi muito mal escolhido, mas nem precisa se esforçar muito com o elenco que o cerca. Alice Braga, com a competência habitual, faz as vezes de Baglio como uma jornalista que segue o personagem principal. Os excelentes Ciarán Hinds (Padre Xavier), Toby Jones (Padre Matthew) e Rutger Hauer (o pai de Michael) em papéis secundários ajudam a elevar a qualidade do filme. Mas é Anthony Hopkins que rouba a cena. O ator está inspiradíssimo, ora engraçado, ora assustador, como o Padre Lucas.
O diretor Mikael Håfström e o roteirista Michael Petroni conseguem manter a tensão sem as ferramentas consagradas desse tipo de filme, apenas com a bela ambientação (o filme foi rodado em Budapeste e Roma), nas atuações periféricas e com o velho artifício sempre instigante do "baseado em fatos reais".
"Não espere cabeças girando ou sopa de ervilha jorrando", explica o Padre Lucas, fazendo piada com o clássico “O Exorcista”.
O diabo se faz presente, mas como um oponente intelectual. Suas respostas e debates são instigantes -  ele até faz uso de meios mais modernos, como uma ligação telefônica, para fazer-se crer.
Essa insistência na comunicação - há também outra cena, engraçadíssima, envolvendo um celular - evidencia uma das ideias de O Ritual, que andava meio esquecida nos filmes do gênero: o mal é uma mensagem e os possuídos são seu "aparelho", não seu alvo. Para quem prefere uma aparição mais gráfica, fica a decepção. O capeta só dá as caras nos sonhos de Michael, através de cenas em sua maioria embasadas em relatos supostamente reais envolvendo demônios.
A tentativa de manter o filme o mais realista possível, sem grandes arroubos hollywoodianos de perversão, choques e  sustos fáceis, é o que torna O Ritual recomendável. Ainda que o clímax, cheio de reviravoltas, vá ao encontro do cinema de terror convencional, é a discussão do que é real o que interessa - e o que você fará com as respostas que procura se um dia as obtiver...



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