Pesquisadores criam novo índice para calcular obesidade
(RICARDO BONALUME NETO)
É muito provável que você já tenha ouvido falar do famoso IMC, índice de massa corporal. Esse índice, utilizado para medir a obesidade ou magreza de uma pessoa, tem quase 200 anos e, segundo um grupo de pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia, muitos defeitos.
Criado em 1832 pelo matemático e astrônomo belga Lambert Adolphe Jacques Quetelet (1796-1874). O Índice de Quetelet foi rebatizado de IMC em 1972, e depois adotado pela Organização Mundial de Saúde como um método simples de medir a obesidade.
O método é simples. O IMC é obtido dividindo-se o peso em quilos de uma pessoa pelo quadrado de sua altura em metros. Mas ele contém uma série de imprecisões.
Primeiro, não leva em conta o sexo da pessoa ou sua massa muscular. Isso é importante porque nos homens tem mais músculos e mulheres mais gordura. E a gordura é mais leve, o músculo mais pesado. Sem levar em consideração essa variável o resultado não é exato.
Outro ponto importante é a circunferência da cintura. A relação entre cintura e quadril pode ser determinante para a detecção de predisposição à obesidade. Fator que o tradicional método IMC nem considera.
Por último, o IMC não serve para cálculos em pessoas menores de 18 anos, o que é uma séria limitação à sua utilização nos casos de tratamento médico da obesidade.
Pensando em todos esses pontos, um grupo de oito pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles,liderados pelo cientista Richard Bergman, criaram um método alternativo: o "Índice Melhor de Adiposidade do Corpo". Com esse título o método foi revelado em um artigo científico com total descrição do seu funcionamento, na revista médica americana "Obesity".
Para chegar ao novo índice Bergman e seus colegas testaram várias equações diferentes para descobrir qual corresponderia melhor à realidade dos pacientes integrantes do grupo de estudo.
Para checar o resultado das equações com a real taxa de gordura dos pacientes, realizam diversos exames de uma técnica especial de raio X, a DXA (sigla em inglês para Absorciometria de Raios-x de Dupla Energia).
O estudo envolveu populações do Reino Unido e Estados Unidos. Os pesquisadores reconhecem, no entanto, que é preciso avançar mais na pesquisa até que seu método possa ser usado com segurança, inclusive com o envolvimento experimental de uma maior diversidade de medidas e de populações.
Resumos Relacionados
- Http://www.comocalcularimc.com.br
- ‘barriga De Chopp’ Pode Estar Relacionada Ao Alzheimer
- Www.americanheart.org
- Pesquisa: Vírus Do Resfriado Pode Levar à Obesidade
- Você é O Reflexo De Sua Saúde!
|
|