Aceitação, Razão ou Consequencia?
(Caio Henrique Lopes Ferreira)
Muitas pessoas se preocupam em serem aceitas no meio que vivem, mas acima de tudo, buscam aceitação para não vivenciarem situações de solidão. Em diversos eventos esta busca de aceitação se frustra, pois o indivíduo a persegue tanto externamente que compromete sua aceitação própria, vendendo uma imagem falsa de sí mesmo para se adaptar ao meio onde está inserido. Nestes casos a pessoa acaba por não ser feliz onde está, do jeito que vive e da forma que se porta, podendo surgir uma crise de identidade onde o sujeito demonstra ser uma pessoa totalmente diferente do que almeja para sí, trazendo consigo tristeza e confusão. Quantos casos de pessoas que fizeram uma faculdade por causa do desejo de seus pais, ou que seguiram os negócios da família por imaginarem ser o correto a se fazer, e ainda podemos citar as pessoas que seguiram sempre a religião da família somente pelo fato de não querer ser diferente e correr o risco de sofrerem exclusão por isto. Os exemplos são inúmeros e vão desde religião, estudos e crenças, até sexualidade, hobbies e o próprio caráter das pessoas. De fato seguir o rumo da multidão e não lutar contra a correnteza é mais fácil e se torna uma zona de conforto, mas esta sensação de aceitação é temporária, pois ninguém pode viver de mentiras. O processo de aceitação própria é superior ao do pela coletividade, pois o indivíduo consegue se adaptar temporariamente ao seu meio, mas se não houver uma aceitação própria de nada adianta. Em meio a diversidade de pessoas, existem diversificações de pensamentos e sentimentos, claro que é mais cômodo passar o tempo ao lado de pessoas que sejam queridas e amadas, porém também a diversidade deve ser respeitada, indiferente de opiniões e sentimentos. Imaginemos o que seria da cultura de um povo se este simplesmente copiasse as tradições de outro, se perderiam costumes e folclores importantíssimos e de grande valor cultural. Este processo não é diferente em indivíduos, pois os mesmos quando se obrigam a copiar a coletividade, perdem seus adereços pessoais, suas características únicas e intransferíveis, fato que traz somente a infelicidade a longo prazo.
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