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Família Mosaico
(Claire Garbar e Francis Theodore)

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Impossível ler Família Mosaico (Les Familles Mosaique), dos psicólogos franceses Claire Garbar e Francis Theodore, sem lembrar da família zumbi, descrita pelo psicanalista brasileiro Joel Birman (leia mais sobre o assunto em “Adolescência Hoje”, texto desta autora Maria_Truccolo, neste site).

Enquanto os primeiros dão a receita de família feliz e bem reestruturada, como se fosse possível após os vendavais que se seguem ao fim de um casamento ou relação estável com filhos, o segundo refina e aprofunda a abordagem, mostrando que as patologias mais freqüentes da infância e da adolescência, hoje, derivam da quase impossibilidade de se colocar em prática o que dizem os franceses.

E o que dizem os franceses? Em linha com a psicologia cognitivo-comportamental, eles escrevem em linguagem simples e acessível sobre conceitos bastante complicados para leigos. Tais como a adaptações de filhos do primeiro casamento de cada um dos cônjuges que formam a dupla de um segundo casamento. Este casal, ainda, poderá optar por ter filhos. Estes fragmentos relacionais, formados por irmãos, meio-irmãos e irmãos postiços regidos por pais e mães, padrastos e madrastas, quatro pares de avós e uma quase infinidade de tios e primos formam um mosaico. Mas, e a família?

Será possível, a partir de histórias íntimas diferentes construir um novo roteiro? Segundo os autores, é. Difícil, mas é. Eles ensinam como lidar com crianças submetidas a novas autoridades materna e paterna, em que a lei dos pais pode ser colocada em xeque mais frequentemente e com mais veemência do que em uma família tradicional (formada por membros que possuem laços de sangue entre si).

Dão dicas sobre como ultrapassar as fases mais difíceis, como a do Complexo de Édipo, entre os três e seis anos, e o seu retorno, na adolescência, por volta dos 13 anos. As dificuldades maiores ou menores da segunda fase estarão diretamente relacionadas à má ou boa resolução da primeira, respectivamente. Se a primeira fase foi vivida pela criança em meio a crises relacionais dos pais, até em vias de separação, como lidar com eventuais crises na segunda, em que o representante das autoridades materna ou paterna já não são as mesmas?

Papéis de pai e mãe substitutos dos biológicos cabem para crianças pequenas. Para pré-adolescentes e adolescentes, os psicólogos sugerem as pontes da amizade. Porém, pai e mãe (biológicos ou não) “amigos” esvaziam o lugar da autoridade e, por conseguinte, do limite, da disciplina e de outros parâmetros necessários à evolução individual e para a vida em sociedade. A questão pode complicar-se ainda mais se a separação do casal parental dos filhos foi mal-resolvida, e as crianças e os jovens são usados como objeto de vingança entre os ex-pares, o que pode gerar muita angústia.

No fim das contas, os psicólogos autores chegam à mesma conclusão que Joel Birman, ainda que por caminhos diferentes. A única solução para as famílias mosaico, zumbis e mesmo as tradicionais é olhar e escutar seus filhos. Agora, isto será mesmo possível, em uma sociedade em que a mídia reflete o desespero e despreparo de pais e mães diante de seu próprio desejo (o de ter filhos), a cada temporada de férias, com a grande preocupação: o que fazer com as crianças? Ora, criá-las!  



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