O estado é a raposa no galinheiro
(Klauber Cristofen Pires)
A simples razão e bom senso permite qualquer pessoa entender com antecedência quase proféticas os tristes acontecimentos que acometem nossa frágil economia. Ludwig Von Mises, um dos expoentes e fundadores da chamada Escola Austríaca do pensamento econômico, sempre desdenhou dos adoradores da macroeconomia, que lançavam mão de complicadíssimos cálculos para descobrir o desempenho da inflação, quando, na realidade a dona-de-casa já sabia de antemão o que estava acontecendo. Mas parece que a razão e o bom senso tão acessível à dona-de-casa é algo inextrincável aos burocratas, servidores e adoradores do estado. O estado insiste em intervir em toda área da atividade humana e o resultado é sempre desastroso. "De fato, intervenções promovidas pelo estado sempre acarretam distorções que ora privilegiam uns, ora causam prejuízos a outros, e ambos os lados procuram assim se adaptar às novas situações". Como exemplo, notícias veiculadas em conhecidos jornais do Pará mostram facilmente, à quem queira ou esteja disposto a enxergar uma obviedade, o efeito nefasto de um governo intrometido e centralizador, que vai cometendo injustiças em seqüência, buscando implacavelmente a concentração do poder a custa da liberdade e do princípio federativo. A primeira informação dá conta de que a produção de milho no Estado do Pará vem aprensentando sucessivas quedas, mesmo com os preços seguindo em elevação contínua. A situação contraria a lógica, porque o preço maior serve de estímulo inigualável ao produtor para que aumente a área plantada e produza cada vez mais. No entanto, o todo poderoso e concentrador estado está colocando barreiras enormes, exigindo e dificultando o licenciamento ambiental para a implantação de novos cultivos de milho. A segundo informação parece continuação da primeira e descreve com exatidão a seqüência de acontecimentos que imperiosamente se sucedem quando se dá lugar ao intervencionismo estatal. Em decorrência da queda da produção causada pela mão pesada do estado, a demanda por milho não está sendo atendida no Estado do Pará. Como conseqüência a produção de frango e ovos também tem caído vertiginosamente, causando inflação e desabastecimento. Além de toda intervenção o estado, não satisfeito com a quantidade de injustiças que produz, ainda fornece subsídios e viola a isonomia de cidadãos nascidos iguais, oferecendo aos produtores do nordeste R$7,50 por saco de 60kg de milho, quando os produtores do Pará recebem apenas R$1,12. Uma diferença que causa diferenças de competitividades enormes que nada tem a ver com clima e geografia, mas apenas com a desastrosa política intervencionista de um estado centralizado. Desabastecimento, inflação, desestímulo à produção, injustiças e mais injustiças. Isso porque o governo quer ajudar os pobres. Imagina se quisesse prejudicar?
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