Mundo dos Espíritos - O que acontece após a morte do corpo
(Gabriel Flamens)
NIETZSCHE E A CONDIÇÃO CRÍSTICA
Nietzsche foi encontrado no exato momento em que acessava a mais legítima fonte do saber filosófico.
Esta é a conclusão a que inevitavelmente sou levado ao analisar o texto de pgs. 244 do livro “Mundo dos Espíritos”, notadamente este trecho: “Fui encontrá-lo no momento em que elaborava seu entendimento sobre o Ser Uno com o Criador e criticava a postura de Sócrates por sustentar a dualidade do Ser.”,
É da maior importância destacar que o autor insere esse trecho num contexto mais amplo em que descreve, às pgs. 242 a 245, a formação de diversas esferas de luz, originadas algumas nos pensamentos dos mais consagrados transmissores dos ensinamentos de Jesus Cristo, como o Apóstolo Paulo, Santo Ignácio de Loyola, Santo Agostinho, São Francisco de Assis, Santo Thomaz de Aquino; outras originadas nas diferentes maneiras de pensar a respeito dos ensinamentos do Profeta Maomé e ainda outras a respeito dos ensinamentos de Buda, Krishnamurti, Confúcio e outros.
Sei que um ser genial também é um ser humano e, como tal, algumas de suas criações podem estar recheadas de genialidade, enquanto outras podem não passar da mediocridade, mas não tenho direito de negar o mérito de umas nem de reconhecer o demérito das outras.
Assim, apesar de reconhecer que Nietzsche foi um pensador materialista e ateu, dentro dos parâmetros usualmente aceitos para definir alguém como tal, não posso deixar de reconhecer que quem é capaz de conceber pensamentos de unicidade entre Criatura e Criador, bem como criticar um “monstro sagrado” da filosofia, como foi Sócrates, por sustentar a dualidade do Ser, é alguém que merece respeito e, mais do que isso, é alguém a quem se deve a reparação pela injustiça de considerá-lo ateu materialista.
Se o objetivo do autor do “Mundo dos Espíritos” foi usar Nietzsche como exemplo de santidade ao descrevê-lo integrado na figura de Cristo Redentor ascensionado, formando com este como que um único Ser, sou levado a reconhecer que não foi feliz na escolha. Existem numerosos outros personagens históricos que se prestam melhor para essa exemplificação.
Mas parece que não foi esse o objetivo, e sim que a citação de Nietzsche foi meramente casual, por ter se deparado com as ondas dos pensamentos dele que chegaram naquela esfera de luz no momento que a analisava.
Este fato, sim, merece análise crítica e um mergulho mais profundo na sua significação, porque traz um conteúdo absolutamente inédito, ou seja, o componente espiritual do homem poder se deslocar temporariamente do corpo que habita, percorrer distancias inimagináveis e penetrar na dimensão do Plano Divino, podendo captar as ondas dos pensamentos que ali chegam, integrar-se numa delas e viajar através dela até encontrar a pessoa que assim pensou no exato momento em que elaborava aquele pensamento, isto dá o que pensar!
Ao produzir este resumo, espero ter contribuído para elucidar alguns dos questionamentos relacionados com o texto intitulado “CONDIÇÃO CRÍSTICA”, divulgado neste site em 08/10/2010 e, com isto, me juntar àqueles que levam a sério a milenar recomendação de Sócrates:
“CONHECE-TE A TI MESMO”
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