A empresa viva
(Aries de Geus)
É oportuno lembrar sempre do que os seres humanos já aprenderam antigamente na evolução da humanidade de que trabalhar em conjunto pode realmente ser uma copiosa fonte de significado de vida. E que qualquer coisa que estiver aquém disto não passará de um mero emprego. (Peter M Senge)
A migração do capitalismo para a sociedade do conhecimento
Porque algumas empresas duram centenas de anos e outras morrem antes dos 50?
Empresas morrem porque seus gerentes se concentram na atividade econômica de produzir bens e serviço, e se esquecem de que a verdadeira natureza de suas organizações é aquela de uma comunidade de seres humanos. Eles tiveram de modificar suas prioridades: em vez de dirigir empresas com o intuito de otimizar o capital (empresa econômica, ênfase no lucro e na maximização do valor para o acionista) optou-se por otimizar as pessoas.
Estilo gerencial de gestão pelo aprendizado - a essência do ato de aprender é a descoberta pela brincadeira.
Disposição para deixar a coisa andar, aberto, informal menos hierárquico, amplo reconhecimento e aceitação da necessidade de mudar, estimula a aceitação de riscos ao assegurar que os erros não serão punidos se houver aprendizado (haverá pois será uma experiência – Ver o livro A hora da verdade de Jan Carlzon) feedback, ambiente favorável ao trabalho em equipe. Tolera a diversidade de atividades marginais, o ato de aprender mantém a empresa coesa, dispensando a necessidade de um rigoroso controle autoritário.
Memória do futuro – Segundo David Ingvar, Memory of the future, 1985, Suécia. Resultados de sua pesquisa.
O cérebro está sempre tentando abstrair um significado do futuro. Em cada momento de nossas vidas, criamos instintivamente planos e programas de ação para o futuro – antecipando o momento presente, os minuto seguintes, as próximas horas, dias, semanas e anos – em alguma parte de nossa mente. Essa atividade mental se dá em todo o decorrer do dia, independente do que fazemos; ela ocorre de forma mais concentrada a noite, enquanto dormimos. Criamos lapsos de tempo.
Dessa forma enchergamos só o que é relevante para a nossa visão de futuro, para o que vamos realizar em seguida – relevância – assim só vamos perceber algo significativo se tal coisa tiver a ver com o que imaginamos que vamos fazer no futuro. 60% é favorável e 40 são ruins. Se esse equilíbrio for prejudicado teremos otimistas inabaláveis e pessimistas incorrigíveis. Essa memoria do futuro funciona como um filtro, pois há muita informação sempre chegando através dos cinco sentidos e algumas precisam ser ignoradas.
Por exemplo: você precisa viajar a negócios na manhã seguinte e ao ouvir as últimas notícias do dia o locutor faz uma breve menção ao anuncio de uma greve de motoristas. A maioria das pessoas não daria importância a isso, mas você tem um lapso de tempo armazenado na sua memória de futuro, onde se vê viajando por isso você escuta o sinal pois é relevante. A informação tornou-se conhecimento. Pode-se fazer exercícios de cenários entre os gerentes – a trama precisa enfocar seu próprio público.
Nas empresas isso deve estar bem ativo no esforço dos grupos gerencias para a visão do futuro ser ampla, e ter várias delas.
O aprendizado segundo Jean Piaget, teórico educacional, suíço. Empresa bem-sucedida é aquela q/pode efetivamente aprender.
Assimilação: significa absorver informações p/as quais o aprendiz já possui estruturas montadas que possibilitam reconhecer e dar significado ao sinal. Conforme o estudo de Ingvar, o aprendiz já possui a visão de futuro por isso consegue encaixar tal aprendizado. Age percebe e assimila. Essa é a forma utilizada pela maioria das empresas, amparando-se em algo que já se sabe, por ter estudado, visto, ouvido, imaginado na sua memória de futuro. Por exemplo o artesão usando uma técnica em seu projeto. Expor-se a algo e assimilar intelectualmente, isso é o costume nas escolas tanto q/se equaciona aprender com ensinar. Mas é apenas repetir idéias e estruturas prontas. Funciona em locais estáveis – com duras leis, etc.
Acomodação: exige mais, mudança nas crenças, idéias e atitudes. Capacidade de gerir a mudança mediante a mudança em si mesmo. Tanto para pessoas quanto para empresas quando vivenciam um tumulto. Processo fundado na experiência profunda, vivenciada plenamente, com todo o seu intelecto e alma, sem saber qual o resultado final, mas ciente que estará diferente quando sair do outro lado. Por exemplo passar por um curso rigoroso na universidade, treinamento militar, etc.
Características das empresas longevas:
Sensíveis ao seu ambiente, harmonia com o mundo à sua volta, conseguiam reagir de forma oportuna às condições da sociedade que as cercava. Representa a capacidade da empresa de aprender e se adaptar. (guerras, mudanças políticas, tecnológicas, depressão)
Coesas e dotadas de um forte senso de identidade. Todos sentem que são parte de uma só entidade. Coesão em torno da ideia de comunidade. Fluxo de geração de membros, constrói uma comunidade e uma persona para si mesma.
Tolerantes com as atividades paralelas, experimentos e excentricidades que sempre ampliava seu entendimento de possibilidades – talvez descentralizadas termo do nosso século. Sintomas de consciência ecológica, no sentido de se auto preservar, capacidade de formar relacionamentos construtivos com outras entidades, dentro e fora de si mesma.
Conservadoras nas finanças, frugais, não arriscavam gratuitamente seu capital. Governam seu próprio crescimento e evolução.
Para o autor essas características não são respostas e sim representam o início de uma investigação sobre a natureza e o sucesso de organizações comercias, e seu papel na comunidade humana.
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