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Meu nome não é Johnny
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João Guilherme Estrella, protagonista de “Meu nome não é Johnny”, lançou tal olhar sobre si, pela primeira vez, no manicômio judiciário. Representação da família e da sociedade de onde vinha? Talvez. A mãe, muito afetiva e atenta à educação do menino, foi de certa forma interditada pelo pai, um homem deprimido e viciado em fumo e álcool, que não soube dar limites ao filho. 
A separação do casal fez com que a mãe se afastasse de João, que ficou sob a tutela do pai e dividindo a mesma casa. Pai no andar de cima, filho no de baixo. Enquanto o pai moribundo dormia, seu rebento entre a adolescência e a fase adulta dava festas regadas a álcool, cocaína, maconha, sexo e rock. João percebeu que a venda de cocaína talvez viesse a lhe dar um futuro promissor  - muito mais do que o oferecido pelos enredos escola-trabalho-família tradicional. Nunca soube da lei, como ele mesmo disse à juíza. 
Aliás, a trama denuncia o que todo mundo no Brasil já sabia: o envolvimento da banda podre da polícia e da Justiça (ambas representantes literais da lei), e portanto da classe política, com o tráfico de drogas. Sabe-se, mas é como se ninguém soubesse. Afinal, quem vai atirar a primeira pedra de crack, que hoje, em consumo de massa está para muito além da cocaína nos anos de 1980, se tanto esta compulsão como outros impulsos talvez indiquem o mesmo tipo de problema: a falta de sentido? 
Como dar sentido ao que não é sentido por parâmetros e limites que mais ou menos  escapam a toda uma sociedade mais preocupada com o agora, com a saciedade, do que com um desenvolvimento sustentável do ponto de vista da preservação da vida humana? E quem poderá afirmar que os que recorrem às drogas (lícitas, ilícitas, alimentos, consumo desenfreado) não estão querendo mesmo preservar a sanidade mental diante do sem-sentido? Assim, não se explica nem se justifica a suposta “cura” de João, dentro de uma instituição que existe mais para enlouquecer do que para elucidar corações e mentes.  
Leia mais textos relacionados a este tema, desta autora Maria_Truccolo, neste site: "Opióides - Do declínio às invasões"; "Trainspotting"; "Adolescência Hoje"; e "Família Mosaico". 



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