Em Um Mundo Melhor
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Em Um Mundo Melhor, é um filme com pinceladas fortes. Algumas vêzes chegando mesmo ao exagêro na escolha das tintas. A diretora da película Susanne Bier, volta e meia parece estar mostrando um lado perverso que existe dissimulado no Continente Europeu: os loiros, arrumadinhos/engomados, estudantes de bons colégios, são tão 'normais' quanto os 'hermanos' africanos, negros, dessarumados/amarrotados, sem colégios. Não existe 'paradiso' de fato em qualquer lugar deste plânetinha. Existem momentos fugazes do que parece ser uma quase felicidade: num momento estamos bem e n'outros, bummm...!
Anton (Mikael Persbrandt), médico num campo de refugiados n'África, esta maravilhoso em sua interpretação. Ah, sua mulher Marianne (Trine Dyrholm), idem, idem. O filho do casal Elias (Markus Rygaard) , muito bom e o seu amigo 'conturbado/porralouquinho', Christian (William Jøhnk Nielsen) , também. Só acho que algumas vêzes parece estar muito mais compenetrado e artificial nas caretinhas para parecer um diabozinho com rostinho bonito do que o necessário.
O filme é bom, com um roteiro bom, mas que se perde um 'tiquim' nos problemas de quintal da psiquê européia e que nos é alienígena.
Sou muito afeito ao cinema europeu, mesmo com muito zooms e cenas mais do que demoradas em close. O cinema americano, num ritmo mais do que frenético me deixa mais hiperativo do que ja sou.
Vejam "Em Um Mundo Melhor". Sera uma ótima oportunidade para se avizinharem de novidades que nos chegam muito amiúde do extremo norte d'Europa. Valera a pena! Sempre valera!
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