A verdade sobre o aquecimento global
(V. Schmidt)
A poluição atmosférica é uma das mais graves ameaças à humanidade. Há porém, duas linhas de pensamento divergentes: Uma acredita que o homem esteja mudando o clima (José Goldemberg) e a outra não acredita que ele seja responsável por todos os transtornos climáticos (Luiz Carlos Molion).
JOSÉ GOLDEMBERG
Com o lançamento do programa de etanol brasileiro em 1975, o álcool tem cada vez mais servido como um substituto para o petróleo, que é um produto importado e de alto custo. Segundo José Goldemberg, cientista, físico e politico, a produção de etanol da cana de açúcar necessita de uma certa quantidade de energia, que por sua vez leva a extra emissões de CO2. A sacarose extraída da cana tem pouco mais de 30% da energia química armazenada nas plantas adultas, 35% está nas folhas e caule, que são deixadas nos campos durante a colheita e 35% estão no material fibroso (bagaço) que sobraram da prensagem. A maior parte do processamento industrial da cana no Brasil é feito através de uma cadeia produtiva muito integrada, permitindo a produção de açúcar, o processamento industrial do etanol e a geração da eletricidade a partir dos subprodutos. Os passos típicos para a produção em larga escala de açúcar e álcool incluem moagem, a geração de eletricidade, a fermentação, a destilação do etanol e a desidratação2. Entretanto, o uso do etanol em vez de combustíveis fósseis, pode resultar em uma redução global das emissões de gases poluentes1. O Programa brasileiro de álcool (Proálcool) foi lançado pelo Governo em duas variantes: Obrigatoriamente por meio de 10 % de etanol anidro como aditivo à gasolina e voluntariamente, com 100% de etanol hidratado (95% etanol +5% de água) 3. Se o etanol da cana de açúcar for usado para substituir 10% da gasolina consumida no mundo, as emissões de carbono seriam reduzidas em 66 milhões de toneladas por ano. Isso é equivalente a aproximadamente 1% das emissões do mundo, ou um quinto da meta do protocolo de Kyoto4. Foi demonstrado que o uso do novo combustível baixou o nível das emissões de CO2 em 18%5. Um salto ao Proálcool e as energias renováveis é defendido pelo físico José Goldemberg!
Na geração de eletricidade o Brasil conta com uma forte base hidráulica, pois os recursos hídricos são inúmeros e não influenciam no efeito estufa. A introdução da energia advinda da biomassa (resíduos vegetais e bagaço da cana) e do gás natural reduziu a porcentagem do uso das hidrelétricas. O uso da biomassa como na produção do etanol pela cana de açúcar, o carvão vegetal vindo de eucaliptos, a cogeração de eletricidade do bagaço da cana são bons exemplos do desenvolvimento industrial brasileiro. Goldemberg acha que a energia nuclear deve ser a última opção, pois os riscos são grandes e ainda temos muitos outros recursos disponíveis para a produção energética.
Os EUA ainda mantém o primeiro lugar o ranking das emissões de CO2 por pessoa (19,4 toneladas), seguida pela Rússia (11,8 toneladas), e na Europa Ocidental (8,6 toneladas) em comparação a China com 5,2 toneladas por habitante. Mas a China está lançando 24% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE), ou Greenhouse Gases (GHG), em comparação com os 21% dos EUA. Segundo a Agência Ambiental da Holanda, a maior demanda por carvão para gerar eletricidade e um aumento na produção de cimento ajudaram a empurrar as emissões registradas na China. Enfim, os vilões do aquecimento global, segundo Goldemberg, são usinas a carvão e as grandes empresas petrolíferas.
LUIZ MOLION
Por outro lado vem Luiz Carlos Baldicero Molion, doutor em meteorologia, desmistificando o aquecimento global. Segundo Molion o clima da terra tem variado ao longo das eras não justificando a intensificação do efeito estufa pelas atividades humanas, que também ainda não foi comprovada. Há evidências de que o clima já foi mais quente do que hoje em dia por entre os anos de 800 a 1350 d.C., o chamado "Período Quente Medieval”. Um aumento da atividade solar e o aumento da transmissividade atmosférica, resultando em uma atmosfera Limpa e mais transparente devido à diminuição de atividades vulcânicas podem ser os vilões nesse caso.
Vale a pena ressaltar que com um numero maior de asfaltos e concretos em vez de vegetação a evapotranspiração é reduzida, aumentando as temperaturas locais. Esse fenômeno é chamado efeito de ilha de calor, que faz a temperatura aumentar de 3 a 5 0 C nos centros urbanos.
Alguns autores acreditam que 97% das emissões de CO2 são naturais advindas dos oceanos, vulcões, da vegetação e do solo8. Evidências mostram que o aumento (redução) de temperatura do ar cause o aumento (redução) das concentrações de CO2 e não o contrário, como afirmado em IPCC AR4/SPM (2007)9. Se não é o CO2, o que controla o clima? O sol! O sol possui de tempos em tempos variações cíclicas que passam de plena a baixa atividade. Portanto um resfriamento próximo é previsto. O CO2 não é o vilão ele é o gás da vida, pois seu aumento aumenta a vegetação. Os combustíveis fósseis são poluentes, mas não por conta do CO2, e sim por causa dos outros constituintes, como o enxofre, por exemplo.
As potências mundiais estariam preocupadas em frear a evolução dos países em desenvolvimento. Ele acredita que haja manipulação de dados.
Esta bem claro que o discurso de Goldemberg é politico e o de Molion cientifico. Cabe a cada um decidir qual escolher.
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