Problemas comuns numa criança sobredotada
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- Perfeccionismo exagerado: as crianças sobredotadas que são perfeccionistas são, frequentemente, vítimas de episódios de ansiedade, porque nem sempre conseguem realizar as tarefas como desejariam, levando a uma exigente auto-censura.
- Criatividade mal aceite: já as crianças criativas, ao contrário das perfeccionistas, podem revelar-se muito espontâneas e desorganizadas, tendo dificuldade em cumprir as regras que lhes são impostas. Os seus impulsos criativos podem gerar reacções inesperadas, não sendo muitas vezes facilmente aceites em ambientes mais conservadores, como a escola por exemplo.
- Impulsividade perigosa: os sobredotados impulsivos tendem a responder e a agir de uma forma inesperada e impaciente. Desmotivam facilmente quando são forçados a ritmos mais lentos e quando é-lhes exigido um comportamento mais tranquilo.
- Hipersensibilidade emocional: muitas das crianças sobredotadas revelam uma enorme sensibilidade ao meio onde se encontram (casa, escola, etc.). A sua susceptibilidade à incompreensão, à falta de manifestações de afecto e às atitudes de rejeição ou até de menor atenção para com elas, leva-as à tristeza, ao isolamento intencional e à melancolia. O seu humor pode oscilar facilmente em função da leitura que façam do ambiente que as rodeia.
- Isolamento por opção: o sobredotado com interesses muito especifícos tende a isolar-se dos outros, uma vez que estes muitas vezes não o conseguem acompanhar nas suas escolhas, raciocínios, brincadeiras, levando deste modo, à introversão, à ansiedade, à insegurança, à impopuralidade, fechando-se no seu mundo, que por vezes é de uma forma obsessiva.
(Fernandes e et all, s/d)
Terrassier refere que as diversas dissincronias a nível interno e social podem afectar o sobredotado. A nível intelectual, a precocidade na leitura pode ser acompanhada de dificuldades na escrita. As dissincronias sociais podem ser referentes aos professores ou à escola, que não respeitam a sua idiossincrasia e nivelam todos os alunos pela mediana, referentes também aos pais que podem não compreender, nem respeitar, levando a que o desenvolvimento cognitivo possa não ser acompanhado de igual desenvolvimento afectivo, quer também ainda em relação aos colegas que por vezes marginalizam o sobredotado através de atitudes mais ou menos manifestas (Alves, 2008).
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