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Vips - Critica
(Marcelo Hessel)

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Aventura / Drama
Direção: Toniko Melo
Roteiro: Bráulio Mantovani e Thiago Dottori
Elenco: Wagner Moura, Arieta Corrêa, Gisele Fróes, Juliano Cazarré, Norival Rizzo, Roger Gorbeth
 
O longa se inspira na vida de Marcelo da Rocha, que ficou conhecido por aplicar golpes, como passar-se pelo filho do dono de uma companhia aérea durante o carnaval do Recife. A base é o livro de Mariana Caltabiano “VIPs - Histórias Reais de um Mentiroso”.
Desde jovem, Marcelo sonhava em viajar o mundo, ser um piloto como seu pai. No colégio, imitava as pessoas como se fosse uma reação do seu corpo, um espasmo. A ambição e o talento começaram a se juntar quando Marcelo saiu de casa, fez-se passar por algumas pessoas, e arrumou emprego em um pequeno aeroclube. Anos depois, já era o piloto mais famoso das pistas de pouso clandestinas entre o Brasil e o Paraguai.
A direção do estreante Toniko Melo - mais um nome da produtora O2 de Fernando Meirelles e Paulo Morelli a conciliar a publicidade com o cinema - tem em Wagner Moura o seu norte. Com seu estilo de interpretação bipolar que vai rapidamente da timidez à explosão, o ator parece confortável na responsabilidade de conduzir o filme.
Como não haveria história sem um conflito, o de Marcelo é aceitar quem ele realmente é. O roteiro faz de tudo para mascarar as pistas sobre o passado da família, então não vamos estragar a surpresa aqui. Vale dizer só que a foto tríptica do Carnaval é uma solução bastante inspirada. Também são bem sacadas as cenas com a mãe de Marcelo, uma cabeleireira, com suas várias fotos de celebridades dos anos 90 coladas do espelho do salão para inspiração nos penteados. VIPs não se deixa desviar, portanto, da ideia de que estamos sempre tentando criar uma persona mais eficiente para nós mesmos.
O filme não passa um minuto, sem repetir os momentos de euforia em movimento de Marcelo, seja dentro de um carro ou de seus aviões, e de reiterar o espírito puro do personagem, viajando de catarse em catarse. A mão de Toniko Melo pesa nesses momentos. É como a trilha sonora que toca mais alto do que os diálogos. Há tanta afetação em alguns planos (ângulo inusitado, ponto de vista pelo espelho) e a interpretação de Wagner Moura fica sempre tão próxima do exagero que VIPs parece dividir com o seu protagonista a esquizofrenia.
No fim, talvez as duas crenças nas máscaras - as do personagem e as da mise en scène - sejam indissociáveis. VIPs é o típico filme feito com a estética dos publicitários, e pela primeira vez essa constatação não chega s ser um demérito.



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