Resumo de Japão: depois da tragédia a hecatombe?

Após a catástrofe, surge o pânico diante da terrível ameaça de um iminente desastre nuclear, cujas proporções ninguém ainda consegue precisar ao certo. Esta é a nova imagem do Japão, depois da tragédia provocada pela série de terremotos e a grande onda ocasionada pelo Tsunami que juntos arrasaram populações inteiras situadas na margem litorânea do país.

Parece improvável se imaginar uma nação das mais ricas e prósperas do mundo tendo neste momento que passar por uma situação de completo desânimo e sofrimento, como presenciamos pela TV e pela internet.

Uma destruição somente experimentada em históricos períodos de guerra com as ocorrências de Hiroshima e Nagasaki, tristes episódios que puseram fim ao conflito bélico mundial de 1945.

Talvez seja este o preço que todos teremos que pagar por conta do péssimo tratamento que há séculos vem sendo dispensado à natureza, movidos que somos, por uma visão predatória e utilitária em relação aos ecossistemas e recursos naturais.

Engana-se quem pensa que os recentes incidentes do Japão possam se constituir apenas em um fato isolado diante do contexto de profundas mudanças climáticas e de aquecimento global da Terra.

O que está ocorrendo em diversas partes do mundo são sérios indicativos de que algo de muito perigoso, grave e preocupante ainda está por vir. Ao que tudo indica provocados pelo alto nível de poluição, atividades antrópicas e desequilíbrio ambiental por que passa nosso planeta.

Diante deste caos, cabe uma reflexão por parte dos seres humanos, especialmente as chamadas lideranças mundiais. Será que vale a pena insistirmos na manutenção do atual modelo de desenvolvimento econômico baseado na destruição desenfreada do meio ambiente e dos recursos naturais? Valerá a pena pagarmos um preço tão alto pela insistência humana em brincar de ser Deus? Será que devemos continuar investindo na fissão nuclear e na instalação indiscriminada de usinas atômicas pelo mundo afora?

Caso prossigamos com esta insensatez, depois das tragédias do Japão e da Indonésia, teremos forçosamente que presenciar a hecatombe final. Quando fatalmente haveremos de vivenciar o mesmo fim que tiveram um dia os dinossauros.

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