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Fisiologia Cardíaca
(V. Schmidt)

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O sangue circula sempre na mesma direção, graças a presença de válvulas no coração e nos vasos, com abertura num só sentido. A volta sanguínea é impedida por elas.
Os batimentos cardíacos criam pressão positiva do lado das artérias, forçando o sangue para os tecidos; retornando o sangue flui pelas veias no sentido da menor pressão até o coração.
O sangue venoso, vindo dos tecidos, chega ao átrio direito pelas veias cava superior e inferior, passa para o ventrículo direito que o lança na artéria pulmonar e seus ramos. O sangue atravessa a rede capilar pulmonar e a troca respiratória acontece. O gás carbônico do sangue venoso fica e o oxigênio é levado para o átrio esquerdo, pelas veias pulmonares, como sangue arterializado. Este passa para o ventrículo esquerdo e deste para a artéria aorta de onde sai para a circulação sistêmica.
O músculo cardíaco como um sincício
As fibras musculares cardíacas são atravessadas por discos intercalares (membranas celulares que separam as células individualmente) que conectam as células cardíacas em série. Este sistema torna o músculo cardíaco um sincício, onde o estímulo se propaga de uma célula para outra com muita facilidade. Devido à natureza sincicial do coração, aplica-se a ele o “princípio do tudo ou nada”: A estimulação de uma única fibra muscular atrial ou ventricular excita toda a massa muscular ventricular. Há dois sincícios: o atrial e o ventricular.
Partindo deste princípio o sinal elétrico é transmitido em cadeia para todo o coração, denominando-se assim suas células como auto-rítmicas (atividade de pacemaker).
Ciclo Cardíaco

O coração recebe o sangue nos átrios a uma pressão próxima de 0 mmhg. O ventrículo direito tem a função de elevar essa pressão até 20 mmhg, para que o sangue flua até a artéria pulmonar. Dos pulmões o sangue volta ao átrio esquerdo com pressão zerada para que o ventrículo esquerdo eleve-a até 120 mmhg e ocorra a ejeção sanguínea.
O coração é constituído por quatro bombas: as bombas de ativação, os átrios e as bombas de força, os ventrículos. O ciclo cardíaco é o período entre o final de uma contração cardíaca e outra. Ele é iniciado pela geração de um potencial de ação no nó SA. O ciclo cardíaco é a sucessão de alterações mecânicas e elétricas que se passam no coração durante cada batimento cardíaco e que é repetida regularmente. Ele é dividido em duas fases: diástole e sístole. A diástole é o período de relaxamento e a sístole o período de contração.
O sangue faz o percurso das grandes veias para os átrios, e destes para os ventrículos. Antes da contração dos átrios parte do sangue passa para os ventrículos. Assim a contração atrial se processa para um enchimento adicional ventricular. Quando o ventrículo está se contraindo, os átrios estão se enchendo de sangue, pois as válvulas átrio ventriculares (A-V) ainda estão fechadas. No momento em que a pressão atrial se torna muito alta as válvulas se abrem e o sangue flui para o ventrículo, aumentando o seu volume (fase de enchimento rápido dos ventrículos na diástole ventricular). No terço final da diástole há uma contração atrial que reforça com 20 a 30 % de sangue, como dito anteriormente.
Na sístole ventricular ou período de contração isométrica o aumento da pressão ventricular faz com que as válvulas A-V fechem e a pressão aumente o suficiente para ultrapassar as pressões nas artérias aorta e pulmonar. Neste momento as válvulas semilunares (aorta e pulmonar) abrem-se. A ejeção é então iniciada pela saída de sangue, inicialmente rápida e posteriormente lenta. A fase de relaxamento isovolúmico se inicia com a diminuição da pressão ventricular e com o fechamento das válvulas causado pelo aumento das pressões nas artérias (diástole). A pressão arterial parte de valores pressóricos mais altos que os da pressão ventricular e atrial. Isso ocorre para que não haja o refluxo sanguíneo para a circulação sistêmica.
A pressão ventricular aumenta até atingir um valor próximo da pressão arterial, as válvulas A-V se fecham. Após o fechamento das válvulas A-V a subida é quase vertical. No momento em que a pressão ventricular atinge valores superiores ao da pressão arterial as válvulas semilunares se abrem. Deste modo haverá a ejeção.
A pressão atrial, diminui inicialmente e aumenta progressivamente ao final da queda da pressão ventricular. Isso representa o enchimento atrial pelo retorno venoso e posteriormente, há abertura da válvula atrioventricular.



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