1º de Abril - Dia da Mentira
(Jussara de Barros)
No inicio do século XVI, as festas de Ano Novo eram comemoradas no dia 25 de março data que marcava o inicio da Primavera e duravam uma semana terminando no dia 1 de abril.
Após a implantação do calendário gregoriano, o rei da França Carlos IX, instituiu o dia primeiro de janeiro como nova data para o início do ano.
O franceses mais tradicionais não gostaram dessa alteração e continuaram a comemorar na data antiga o que virou motivo de chacota e gozação. Entre aqueles que concordaram com a adoção da nova data, muitos passaram a fazer brincadeiras com os radicais, enviando-lhes presentes estranhos ou convites para festas que não existiam.Tais brincadeiras causavam dúvidas sobre a veracidade da data, confundindo as pessoas. Duzentos anos mais tarde essas brincadeiras se espalharam por toda a Inglaterra e, consequentemente, para todo o mundo, tornando o dia 1º de abril conhecido como o dia da mentira.
No Brasil, o primeiro Estado a adotar a brincadeira foi Pernambuco, quando o jornal “A Mentira”, em 1º de abril de 1848, publicou a notícia do falecimento de D. Pedro, informação desmentida no dia seguinte. Em sua versão do clássico infantil “Pinóquio”, Walt Disney deu ênfase à brincadeira, mostrando para a criançada o quanto mentir pode ser ruim e prejudicial. Ziraldo, escritor brasileiro da literatura infanto-juvenil, também conta histórias sobre as mentiras, através do famoso personagem, Menino Maluquinho. Em "O Ilusionista", Maluquinho descobre o mal provocado por roubar, fingir e mentir.
Pregar mentiras nesse dia é uma brincadeira saudável, porém o respeito e o cuidado devem ser lembrados, para que ninguém seja prejudicado, afinal, a honestidade deve ser a base para qualquer relacionamento humano.
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