A Saga de um Guerreiro
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A Saga de um Guerreiro
Família pobre, com poucos recursos, muitos filhos para criar, para alimentar e dar estudo. Este é o perfil de uma família típica do interior do Estado de Minas Gerais, de um distrito da Cidade de Muriaé. 1931 é o ano do seu nascimento, de um menino que aos sete anos de idade iniciou a sua vida de lutas e vitórias. Já naquela tenra idade, ajudava seu pai em uma loja que ele tinha. Não podia estudar como qualquer criança de uma outra cidade qualquer, porque na sua cidade não havia escola, então seu pai e sua mãe se desdobravam em lhe ensinar aquilo que sabiam, sendo por eles alfabetizado. Aos quinze anos, deixou sua casa e se mudou para outra cidade, indo morar em Caratinga, na região do Vale do Rio Doce, onde passa a trabalhar com tecidos. Aos seus dezoito anos, aquele menino do interior de Minas abre a sua própria empresa, em sociedade com um de seus irmãos, e comercializa tecidos, roupas e chapéus, desenvolvendo ali uma capacidade impressionante para lidar com o público e, desta forma, conquista a confiança de fornecedores e ganha crédito na praça. O sucesso desta loja foi grandioso. Deste ponto de sua vida, para um pouco mais adiante, cheguei a comprar roupas em uma de suas lojas aqui em Belo Horizonte, sem jamais imaginar de quem se tratava. Mais adiante ainda, a maior de suas empresas era cliente de uma grande seguradora na qual eu trabalhava, onde era realizado o seguro de vida de seus funcionários, e eu me lembro bem que não eram poucos. Então, o garoto do interior de Minas não parou mais de crescer, tanto em sua profissão, quanto em sua própria pessoa, em seu caráter muito bem formado. Homem de fibra, de têmpera, de caráter ilibado, honesto, no ano de 1997 começa uma luta inglória contra um câncer, o primeiro a dar sinal de vida em sua vida de lutas e vitórias, o malfadado de próstata, e a doença evolui para o abdômen. A partir daí, a batalha não termina, foram dezessete dolorosas cirurgias, em cada uma se tirando um pedaço daqui, outro dali, até que agora a pouco não se tinha mais nenhum recurso médico para se evitar o triste fim daquele guerreiro poderoso. Estamos falando de José Alencar Gomes da Silva, aquele pequeno garoto do interior do Estado de Minas Gerais, que se tornou Vice-Presidente da nossa República Brasileira. Muitos o têm como um belo exemplo de luta contra doenças, eu prefiro vê-lo como símbolo e um exemplo de vida pública, de honestidade, de hombridade, de um homem que deixou marcas indeléveis através de suas palavras curtas, mas de profundo alcance. Senão, vejamos algumas delas: “A política é um instrumento. Temos que entrar pensando em prestar um serviço, e não em nos beneficiarmos dela”, sobre sua morte, ele dizia: “Não tenho medo de morrer, mas morro de medo da desonra”. Que grande homem! Que grande guerreiro! Fique seu exemplo para aqueles que não pensam assim, que entendem que podem fazer da política um colchão de aposentadoria, que não pensam no bem coletivo e só olham para o próprio umbigo, que sirva para aqueles que se alegraram com a notícia de que a Lei da Ficha Limpa não vai vigorar para as eleições passadas e que lhes tirou, legitimamente, o direito de assumir cargos públicos, que foram barrados justamente porque não tinham a ficha limpa. Que olhem para aquele menino da cidade do interior de Minas.
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