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A FILOSOFIA DO "PENSO, LOGO TUITO"
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Twitter e outras ferramentas da Internet dão um novo ar ao aforismo – máxima ou sentença moral breve – Ele exige uma síntese e uma reflexão o que nem sempre ocorre nas mensagens rápidas e imediatistas do Twitter.  
O autor do texto: A Filosofia do ‘Penso, Logo Tuito’ apresenta uma série de informações numa comparação entre o uso do aforismo e a sua semelhança às mensagens utilizadas nas redes sociais da Internet. O sucesso desse tipo de comunicação é um sintoma de que o público aprecia os aforismos. Como exemplos da afirmativa cita:
1-Em 1890, Jules Renard escreveu: - “construí no ar castelos tão lindos que me conformo com as ruínas”, frase que, com limite inferior aos 140 caracteres fixados no serviço de mensagem pública e instantânea caberia perfeitamente numa mensagem da rede social Twitter. Esta forma de comunicação rápida deu vida nova a um gênero filosófico e literário de larga tradição – o aforismo: sentença moral breve e conceituada, e a outras formas de pensamento breve.
2- Andrés Neuman – novelista e autor de “El Equilibrista” - que diz: “a escrita concentrada tem que ser lida lentamente”, e Anthony Gottlieb, que considera Michel de Montaigne o precursor dos “blogueiros”. Os aforismos, para Nicholas Carr (autor de “Superficiales”), parecem ser a via ideal para alcançar profundidades filosóficas sem ter que queimar as pestanas ao contrário da Internet que leva a que a “leitura profunda” se converta num esforço. Ex. -  "Permanecer indiferente é comprometedor". / "Cada vez que nasce um herói, morre um cidadão".
3- Samuel Johnson (falecido em 1784) tem mais de 30 mil seguidores numa rede social (twitter.com/drsamueljohnson) levou à reedição no Reino Unido de um livro com suas máximas. Ex. - "É melhor viver rico que morrer sendo-o". / "Aquele que elogia todo mundo não elogia a ninguém".
4- Félix Fénéon - outro sintoma desse gosto pela mensagem curta é - “a novela de três linhas” do anarquista francês Felix Fénéon. Seus micro relatos levados ao Twitter pelo New York Review Books já atraíram mais de 1.400 seguidores.  Ele é “um visionário da velocidade da notícia e o caráter sintético do Twitter” – diz Antonio J. Morato, um cético sobre o papel do Twitter. Para ele o bom aforismo exige reflexão e síntese e isso não parece ser a característica da rapidez e do imediatismo do “tuite” tanto no que diz respeito ao conteúdo quanto à redação do texto. Ex. -  "Gégot apunhalou  Quérénec. Estes dois marinheiros do torpedeiro 250 amavam a mesma mulher de Brest".
5- O Musicólogo, poeta e filósofo, Ramón Andrés apesar de não freqüentar as redes sociais diz ter optado por um mundo mais lento, pois as vê  como uma oportunidade e diz: - "O pensamento breve (no espaço) não tem porque ser limitado. Quantos aforismos muito bons têm menos de 140 caracteres... que o digam a os mestres orientais".
6- Outro sintoma do interesse do público por textos curtos e intensos (aforismos) é o escritor mexicano Juan Villoro, que traduziu a obra de um dos maiores “aforistas” - Georg Lichtenberg, em menos de 15 dias usando o Twitter conseguiu mais de 11.000 seguidores apresentando seus próprios aforismos. Diz ele: - "Tradicionalmente tem sido um gênero que se apresenta com certa soberba: o autor de aforismos quer oferecer una verdade na forma de apotegma. Twitter nos permite evitar essa solenidade e ensaiar ou ensaiar-nos".
Segundo Jacobo Siruela, estudioso do assunto afirma: - "Para Gómez Dávila o aforismo é o único meio de não falsificar o pensamento, pois qualquer interpretação implica na falsa presunção de que o discurso contém a totalidade do que se quer ou se pode dizer. O aforismo representa a expressão do pensamento honrado. Consciente de que vivemos no fragmentário, nosso tempo coloca ao pensamento do breve no lugar de honra que lhe corresponde". Ex. Gómez Dávila: “A serenidade é fruto da incerteza aceita". / "Para que a idéia mais sutil se torne tola, não é necessário que um tolo a exponha, basta que a escute".
O editor José Luis Gallero leva duas décadas construindo uma história do pensamento fragmentário. Ele constata que há 10 anos (exatamente quando a Internet ganhou espaço) há um interesse crescente por parte do público e aponta as causas: "Há um renascimento, porque o aforismo é  um hibrido de filosofia, poesia e pensamento moral. Isso permite ao leitor aceder por diferentes ângulos: algo valioso para orientar-se nestes tempos obscuros e acelerados". Ramón Andrés coincide com Gallero: "Neste mundo de velocidade, em que poucas pessoas se detêm a ler uma obra extensa, é onde um aforismo serve como destilação de muitas coisas".  Andrés Neuman completa: - "As micro formas obrigam ao leitor que vai com pressa a deter-se. Um texto breve há de se ler lentamente. Os microrrelatos e os aforismos são gêneros lentos".
- Korochi: "Passam mais calor os que instalam ar condicionado que os que instalam estufas". / "O vaso sempre é o mesmo, mas quando tem  água está meio cheio e quando tem whisky está meio vazio.”



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