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Comunicação Interatrial (CIA)
(V.Schmidt)

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 É a anomalia congênita mais comum primeiramente reconhecida em adultos, pois passa despercebida. Manifesta com cianose ou insuficiência cardíaca direita. No período fetal essa comunicação atrial é indispensável à vida. Após o nascimento, com a redução da resistência pulmonar, inverte-se o sentido do fluxo e as válvulas são fechadas nas primeiras horas de vida. O fechamento anatômico dessa comunicação ocorrerá até o primeiro ano de vida.

FIGURA 1
Fonte: http://www.cmsmedical.com.br/img/cora_1.gif

Existem três tipos de CIA:
1- Ostium primum: comunicação próxima às válvulas atrioventriculares
2- Ostium secundum: no forame oval.
3- Seio venoso: próximo à entrada da veia cava superior.
Antes do nascimento a pressão no átrio direito é mais elevada do que a do átrio esquerdo, e o sangue oxigenado passa do átrio direito para o esquerdo. Entretanto com o nascimento e a abertura da circulação pulmonar, invertem-se as pressões, mas é evitado o fluxo da esquerda para a direita pela válvula que cobre o forame oval. Os fechamentos das membranas falham e a CIA acontece. Quando pequenos eles são bem tolerados. Aos três ou quatro anos de vida, a complacência ventricular direita diminui, permitindo um maior shunt esquerdo-direito pelas CIA. Neste momento, aparecerão os sintomas clínicos mais importantes. O aumento do fluxo sanguíneo pela cavidade direita promoverá um aumento do átrio direito (AD) e VD e dilatação da artéria pulmonar.
Manifestações clinicas
Dispnéia, palpitações, fadiga, infecções respiratórias, déficit ponderal, raramente insuficiência cardíaca. O sopro sistólico mais audível é no terceiro espaço intercostal esquerdo; Quando a CIA é grande o sopro diastólico, tipo ruflar, é audível em área tricúspide.
Diagnóstico
Na radiologia o paciente apresenta: Aumento da área cardíaca; Aumento da trama vascular, tronco da pulmonar abaulado e convexo à esquerda, com marcada dilatação do ramo direito.

FIGURA 2
Fonte: WILLERSON, J T; et al. Cardiovascular Medicine. Third edition. Springer- Verlag London, 2007.
Ao ecocardiograma haverá aumento de VD e movimento paradoxal do septo interventricular.
Ao ECG haverá ritmo sinusal com onda P morfologicamente normal (maioria dos pacientes); complexo QRS aumentado configurando o bloqueio incompleto do ramo direito.
Tratamento
A cirurgia eletiva é geralmente realizada na idade pré-escolar (4-5 anos de idade). É indicada em pacientes sintomáticos e para aqueles sem sintomas que apresentem relação fluxo pulmonar (Qp)-sistêmico (Qs) de 2:1. Pacientes com pequenos defeitos do tipo ostium secundum não devem ser operados, apesar de alguns autores recomendarem a cirurgia devido ao risco de embolias paradoxais.



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