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Comunicação interventricular (CIV)
(V. Schmidt)

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 Anomalia cardíaca congênita mais comum. Esta geralmente associada a outros defeitos estruturais como a tetralogia de fallot, a estenose pulmonar, a coarctação da aorta e a transposição dos grandes vasos. As CIV de tamanho médio ou pequeno podem evoluir com redução do seu diâmetro e fechamento espontâneo nos primeiros dois anos de vida.
A CIV é classificada de acordo com a sua localização anatômica em relação à crista supraventricular (estrutura muscular que separa a porção principal do ventrículo direito (VD) da porção infundibular). CIVs acima desta crista são chamadas infundibulares. As que estão abaixo da crista são chamadas infracristais e são localizadas nas regiões do septo membranoso (mais comum), ou na porção muscular do septo (chamadas "queijo suíço").
FIGURA 3
Fonte: http://www.lhmbrasil.com.br/cardiociv_clip_image004.jpg

As CIVs variam em tamanho e localização. Elas oscilam desde permeabilidades ligeiras até lesões suficientemente grandes que podem criar virtualmente um ventrículo único. Os pequenos defeitos são bem tolerados durante anos e podem fechar-se espontaneamente. Entretanto podem produzir um sopro sistólico com frêmito sistólico. Os defeitos maiores que 1 cm de diâmetro concursam com aumento do VD e hipertensão pulmonar, com inversão do fluxo, cianose tardia, baqueteamento digital e policetemia. Neste defeito o fluxo pulmonar é o dobro do sistêmico, podendo até se igualar e levar a quadros de insuficiência cardíaca.

Manifestações Clínicas
CIVs pequenas geralmente são assintomáticas e reveladas em exame físico de rotina. A ausculta mostra um sopro holossistólico em borda paraesternal esquerda inferior, acompanhado de frêmito, como dito anteriormente. No período neonatal imediato, o sopro pode não ser audível devido às pressões pulmonares altas que diminuem a intensidade do shunt. Nas CIV grandes, que apresentam desvio esquerdo-direita grande, encontramos crianças com hiperfluxo e hipertensão pulmonar, dispnéia, taquicardia e sudorese, dificuldade para mamar, infecções respiratórias e insuficiência cardíaca.

Diagnósticos
O raio-x em CIVs pequenas pode ser normal. Por outro lado, nas comunicações grandes, ocorrerá cardiomegalia, artéria pulmonar aumentada e intensificação da trama vascular por edema pulmonar.

FIGURA 4
Fonte: WILLERSON, J T; et al. Cardiovascular Medicine. Third edition. Springer- Verlag London, 2007.
Ao ecocardiograma estará demonstrada a anatomia precisa do defeito. Também deve ser possível avaliar os componentes hemodinâmicos através do ecocardiograma com Doppler. Nos pequenos defeitos, o diagnóstico é dado através do emprego do color Doppler.
O ECG é normal quando o CIV é pequeno e sem sobrecarga ventricular. Nos defeitos grandes não complicados, poderá ser observado padrão de sobrecarga biventricular ou predomínio de ventrículo esquerdo com crescimento atrial associado; Onda T invertida em VI, sugere ausência de hipertensão pulmonar, enquanto onda T ascendente indica sua presença.
O cateterismo pode estar indicado quando houver casos de dúvidas persistentes quanto à magnitude do shunt, suspeita de associação com outros defeitos e ou estudo da pressão pulmonar.
Tratamento
Com exceção dos pequenos defeitos, todas as CIV devem ser operadas e de preferência nos dois primeiros anos de vida. Em geral espera-se a correção espontânea até a idade adulta para decidir a cirurgia. Em crianças com grandes defeitos, a operação realizada durante o primeiro ano de vida previne, na maior parte dos casos a doença da vasculatura pulmonar. A endocardite infecciosa superposta é um risco particular dos defeitos pequenos



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